
O artigo do Jornal de Notícias do passado dia 21 de junho informava “PSP iniciou ações de fiscalização a banhistas à saída do metro de Matosinhos”.
Informava ainda que: “a praia de Matosinhos registou diversas ocorrências em anos anteriores e a posse de armas brancas é o principal alvo da atenção dos agentes. A PSP vai manter este tipo de operações até ao fim da época balnear”.
A notícia revela uma realidade dura: a crescente criminalidade juvenil, com destaque para a posse de armas brancas, tornou-se um problema tão grave que exige operações policiais preventivas. Mas, mais do que indignação, este episódio deve servir como um alerta urgente: o que tem falhado para chegarmos aqui?
Os jovens não nascem violentos. A violência é, muitas vezes, um sintoma de exclusão, de abandono, de frustração acumulada. Se tantos adolescentes recorrem a atitudes agressivas, será que não estamos perante um grito de socorro? Um sinal de que se sentem invisíveis, sem perspetivas, sem espaços onde possam ser ouvidos e valorizados?
A Juventude e a Armadilha da Radicalização: Um Perigo Silencioso escondido por trás dos algoritmos que são desenvolvidos por forma a capturar a juventude mais incauta é um fenómeno preocupante e já não pode ser ignorado: os jovens estão a ser cada vez mais aliciados por discursos radicais, seja através das redes sociais, de grupos extremistas ou de narrativas polarizadas que prometem pertença e propósito. Seja o radicalismo político, o extremismo religioso ou até mesmo subculturas violentas, a verdade é que muitas mentes jovens estão a ser envenenadas por ideologias perigosas.
O caminho para combater a alienação e radicalização dos jovens não passa apenas por criticar, proibir ou vigiar – passa por envolvê-los activamente na criação de projetos que lhes deem voz, propósito e felicidade. Quando um jovem se sente útil, valorizado e parte de algo maior do que ele, o apelo dos extremismos perde força.
Jovem que me lês, a sociedade precisa de ti, precisa da tua jovialidade. Não de um ti moldado por expectativas alheias, mas do ti verdadeiro – com a tua energia inquieta, a tua irreverência criativa, a tua coragem de questionar o que está errado. Precisamos da tua voz, das tuas ideias que desafiam o óbvio, dos teus sonhos que ainda não têm nome.
Há muito a fazer, vamos?
