
A marca indiana testou recentemente duas versões inéditas da sua aclamada adventure: a Him-E totalmente elétrica e uma variante bicilíndrica, prometendo expandir significativamente a gama Himalayan.
A Royal Enfield tem vivido uma verdadeira renascença nos últimos anos sob a tutela da Eicher Motors, consolidando-se como referência no segmento das motocicletas de entrada. A Himalayan 450, considerada por muitos como uma das melhores propostas do mercado atual, combina capacidade todo-terreno excepcional com um preço acessível e facilidade de manutenção, características que a tornaram numa favorita entre os entusiastas do adventure.
Agora, a marca indiana quer ir mais longe. As recentes imagens de testes nos Himalaias revelam duas novas interpretações da icónica adventure, testadas pelo próprio CEO da empresa, B. Govindarajan, no ambiente natural que deu nome à motocicleta.
Him-E: A Revolução Elétrica
A versão Him-E representa a incursão da Royal Enfield no mundo elétrico, mantendo a essência visual da Himalayan original mas adoptando uma arquitectura completamente nova. O destaque vai para a caixa da bateria em alumínio maquinado que centraliza a massa da máquina, complementada por um braço oscilante também maquinado e pneus com crampões para uso todo-terreno.
O modelo elétrico conserva elementos distintivos como o protector de cárter e o para-brisas de estilo rally, mantendo uma altura adequada para condução em pé – um requisito essencial para qualquer adventure que se preze. As imagens sugerem que a ergonomia foi cuidadosamente estudada para preservar a versatilidade da versão convencional.

Variante Bicilíndrica: Mais Potência para as Aventuras
A segunda novidade centra-se numa versão bicilíndrica que promete elevar o patamar de performance da gama Himalayan. Baseando-se nas imagens disponíveis, o motor parece partilhar a arquitectura da Bear 650, embora adaptado às necessidades específicas do uso todo-terreno.
Esta variante apresenta várias diferenças notáveis face à Himalayan 450: um protector de cárter mais robusto, cavalete central (ausente no modelo standard), depósito de maior capacidade com design renovado e uma carenagem dianteira mais próxima da Him-E. O sistema de travagem foi reforçado com discos duplos à frente, mantendo um disco simples atrás.
Estratégia de Expansão
Estas novidades inserem-se na estratégia agressiva da Royal Enfield para conquistar novos segmentos do mercado adventure. A marca tem demonstrado uma capacidade notável de produzir motocicletas acessíveis sem comprometer a qualidade ou as capacidades, uma fórmula que tem resultado numa base de fãs cada vez mais alargada.
Com a Him-E, a Royal Enfield antecipa as tendências de eletrificação do sector, enquanto a variante bicilíndrica responde às necessidades dos condutores que procuram mais potência para aventuras mais exigentes. Ambas as propostas mantêm a filosofia da marca: motocicletas para as massas, sem pretensiosismo, mas com capacidades reais.
A estratégia parece clara – oferecer uma Himalayan para cada tipo de condutor, desde o entusiasta da mobilidade elétrica até ao aventureiro que privilegia a potência bruta, passando pela perfeiçoada 450 que continua a ser a referência da gama.