
Tornou-se num dos nomes mais falados da atualidade, depois de em fevereiro deste ano, 2025, ter sido notícia por toda a imprensa portuguesa a propósito de umas declarações que fez no Podcast do Mestre, nas quais indicou que tinha atropelado uma pessoa e fugido.
A propósito disso mesmo - e das mais recentes polémicas em que se viu envolvido - Tiago Grila foi convidado a marcar presença no programa das tardes da TVI, na tarde desta terça-feira, 27 de maio. À conversa com Manuel Luís Goucha, o tiktoker 'abriu o livro' da sua vida e um dos temas que abordou foi o vício: quer pela droga, que pelo jogo.
"Eu sou uma pessoa adicta. Quando eu era pequeno, a minha mãe dava-me a semanada e eu 'onde é que vou gastar'. Uma criança normal não pensa assim", começou por dizer, esclarecendo que "o primeiro vício é o do jogo".
"Começa aos 18 anos, logo assim que se pode entrar no casino. Vim para Lisboa, porque a vida da minha mãe passava por Lisboa, e o casino passa a ser uma coisa presente, diária na minha vida.Dei por mim às três horas da tarde, com velhos, à espera que aquilo abrisse", confessou, acrescentando que todo o seu dinheiro - que ganhava desde que saiu da escola, no 9.º ano - era "estoirado no jogo".
Tiago Grila explicou ainda que sempre que precisava de mais dinheiro, era à progenitora, Sandra Honrado Mendes, que pedia. "Tinha a minha mãe em Angola... 'Mãe, bati com o carro', mentiras atrás de mentiras, e ia enviando dinheiro", explicou.
Do vício do jogo ao vício da droga
O tiktoker explicou ainda que resolveu a adição do jogo com uma "auto-proibição", que renovou recentemente, em todos os casinos nacionais. "Não posso jogar", disse, confessando que "a droga vem depois".
"Só cocaína. Entre aspas, porque é o mais grave. Sou muito de sair à noite, sou muito de zonas vip, de ostentação... E as companhias, sem querer culpá-las... Levou-me a mandar um 'cheirinho' e é isto que eu tento alertar aos jovens", referiu.
A Manuel Luís Goucha o criador de conteúdos digitais confessou que "não era nenhum agarradinho" e que não consumia "todos os dias". "Nós sabemos quando desgoverna-mos a nossa vida, algo se passa quando chegamos ao dia 15 sem dinheiro. 'Estou mãe?'. Voltava a enviar dinheiro", recordou.
Tendo "duas irmãs e um irmão", Tiago Grila revelou que sempre teve "incutidos bons princípios e bons valores", mas que "não tinha a noção" do mal que fazia. Ganhou-a quando a mãe o "obrigou" a ir "para uma clínica [de reabilitação] durante três meses". "Foram os [meses] suficientes para me salvarem a vida na altura. Estava a entrar por um caminho e com companhias... Depois é uma bola de neve", lembrou, acrescentando que já teve "duas ou três recaídas".