
Margarida Marinho fez recentemente denúncias sobre o mundo da representação, dizendo que “é facílimo” destruir a autoestima de alguém em cima de um palco. “A mulher sempre foi objeto de grandes misoginias. Não é só masculina, atenção, também acontece o contrário, quando as mulheres fazem mal umas às outras não sei qual é mais violento. (…) É muito fácil destruir a autoestima de alguém, então em cima de um palco é facílimo. Eu vi muita coisa a acontecer. Não quero estar a personalizar, mas vi atrizes a serem subvalorizadas, a serem criticadas, a serem estigmatizadas no meio pelos pares“, confessou no podcast Ar Livre, de Salvador Martinha, antes de acrescentar: “É uma irmandade, mas é uma irmandade muito competitiva porque há este instinto de sobrevivência também que é, o meio é pequenino, há poucos lugares…”
“Não quero invejar o trabalho de ninguém…”
Sara Norte decidiu comentar as palavras da colega no Passadeira Vermelha. “Admiro muito a Margarida como atriz e como pessoa. Já trabalhei com ela, tive uma sessãozinha na Generala e foi realmente uma pessoa extraordinária. Aí está o valor: eu ia ter uma cena, ela era uma das protagonistas da série e não foi por isso que não me recebeu e não esteve comigo e tivemos um belo serão“, começou por explicar no programa da SIC Caras, citada pela TV Guia. “Compreendo isto, o nosso meio, como muitos meios, não é um meio em que as pessoas sejam unidas, e mete impressão quando chega alguém, ou talentoso, ou talentoso e bonito, há pessoas que vivem da destruição da autoestima de outras. Acho que é tão bonito ver-se um colega talentoso e pensar que vai ter sucesso. Mas aí já entramos noutra que é a personalidade, os valores, a educação”, acrescentou.
Foi após estas palavras que decidiu revelar uma experiência pela qual passou. “Cheguei a estar a fazer o trabalho de me quererem obrigar a estar nua sem eu estar disponível e de me dizerem que ou fazia ou metia outra no meu lugar. Se tivesse 17 ou 18 anos se calhar tinha vergado e tinha feito, mas como já tenho quase 40 e estou-me marimbando, acho que cumpri, disse que não ia fazer“, confessou.
“Que isto há, há. E é triste, principalmente quando são de pessoas que sabem o que é a profissão. Porque existe, tal como existem novos atores que fazem a vida negra aos mais velhos. (…) É porque somos muitas para o lugar. Isso transforma as pessoas. Por isso é que eu digo: se não têm em televisão, tenham outros trabalhos. Depois as pessoas ficam tristes, magoadas, revoltadas, a passar-se contra o meio… Já tive momentos de revolta, mas depois percebi que não queria tornar-me numa daquelas pessoas… não quero invejar o trabalho de ninguém”, concluiu a comentadora do programa.
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Texto: Rita Velha Fotos: Impala, Redes sociais