
Este sábado, Manuel Luís Goucha cobriu a morte do Papa Francisco. Em declarações à ‘TV 7 Dias’, o apresentador comparou os últimos dias do Santo Padre com os da sua mãe Maria de Lourdes, que partiu a 10 de agosto de 2024.
“Estive a ver a ida do Papa Francisco no papamóvel e a bênção de Páscoa. E fez-me muita impressão, porque o rosto dele não tinha expressão (…) Lembrei-me do olhar da minha mãe, porque era o mesmo olhar, um olhar vazio, de quando a fui visitar a Coimbra 15 dias antes do seu falecimento. Foi uma coisa que me impressionou”, começou por explicar.
“Entrei no carro depois de estar com a minha mãe e o motorista perguntou-me como estava ela. Eu respondi que ia muito perturbado porque achei que o olhar dela estava vazio”, continuou ainda.
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“Não discuto Deus, porque não é visível”
O apresentador aproveitou ainda para responder aos que criticaram a TVI o ter escolhido para acompanhar o funeral do Papa: “Há sempre pessoas nas redes sociais que dizem ‘porque é que é o Manuel Luís Goucha se é um agnóstico?’ Às vezes são mais radicais e dizem que sou ateu. Não sou ateu. Há uma diferença muito importante. Um ateu recusa liminarmente tudo o que seja relacionado com fé e com espiritualidade. Um agnóstico não, deixa aqui uma porta aberta para aquilo que não é discutível”.
“Eu não discuto Deus, porque Deus não é visível. A essas pessoas eu respondo sempre que também não sou monárquico e fiz o melhor que soube os jubileus da rainha, os casamentos reais, o funeral da rainha, a coroação do rei. É o meu trabalho como profissional de televisão, em que eu assumo o meu trabalho tentando fazer o melhor que posso, com os elementos que tenho. Não tem nada a ver com aquilo em que eu acredito ou deixo de acreditar”, destacou ainda.
Por fim, o comunicador esclareceu: “O Vaticano interessa-me muito porque estamos a falar do poder da Igreja Católica na massificação das almas. Como também me interessam as questões da monarquia, como da república”.