Há medida que aumentam os estudos sobre Inteligência Artificial, aumenta também o conhecimento de vantagens e desvantagens da utilização. Recentemente, e segundo a CNN, há um grande impacto ambiental na interação entre humano e máquina. Especialmente se costuma dar instruções educadas como pedir ‘por favor’ ou dizer ‘obrigado’.

O motivo? A mesma fonte explica. “Cada palavra numa instrução para IA é dividida em grupos de números chamados “token IDs” e enviada para grandes centros de dados – alguns maiores do que campos de futebol – alimentados por centrais de carvão ou gás natural. Aí, pilhas de grandes computadores geram respostas através de dezenas de cálculos rápidos.”

Ou seja, este processo consome até 10 vezes mais energia do que estávamos habituados até aqui numa pesquisar normal na google. Investigadores na Alemanha testaram 14 sistemas de Inteligência Artificial com grandes modelos de linguagem (LLM), e perceberam que as perguntas complexas produzem até seis vezes mais emissões de dióxido de carbono do que as mais diretas. Quanto maior a capacidade de raciocínio, mais emissões de carbono são produzidas.

Como reduzir a pegada ecológica da Inteligência Artificial?

Segundo Maximilian Dauner, estudante de doutoramento na Universidade de Ciências Aplicadas Hochschule München e autor do estudo Frontiers in Communication: “A IA gasta muita energia a ser cordial, especialmente se o utilizador for educado, escrevendo ‘por favor’ e ‘obrigado’”, observa Dauner. “Mas isso só torna as respostas ainda mais longas, gastando mais energia para gerar cada palavra.”

Como tal, pede que os utilizadores sejam mais diretos quando comunicam com os modelos de Inteligência Artificial e aconselha que especifiquem o tamanho da resposta para que o limite e diga até que não precisa de uma explicação.

Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: Freepik