
Entre 17 e 18 de junho decorreram as primeiras duas sessões do julgamento do processo dos Anjos contra Joana Marques. O tema foi acompanhado com afinco pela imprensa portuguesa e deu que falar.
A terceira sessão começou esta segunda-feira, 20 de junho, às 9h30 da manhã, e já contou com o depoimento de Ricardo Araújo Pereira.
De acordo com o Observador, o também humorista, condutor do Isto é Gozar com Quem Trabalha, da SIC, começou por comentar o caso logo à chegada ao Palácio da Justiça. "Estamos aqui por causa de uma perspetiva segundo a qual o humor é uma agressão", disse, segundo o jornal.
"A expressão 'assassinar uma canção' não coloca ninguém no mesmo plano que a Rosa Grilo"
Já frente à juíza do caso que opõe o duo musical à humorista, segundo o meio acima mencionado, Ricardo Araújo Pereira comparou o caso com o de homicídio que deu que falar em Portugal.
"A expressão 'assassinar uma canção' não coloca ninguém no mesmo plano que a Rosa Grilo", disse, acrescentando ainda que,tal como Joana Marques, também não retiraria o vídeo da sátira à atuação do hino nacional dos Anjos na cerimónia da MotoGp, em 2022. "Retirá-lo seria uma assumpção de culpa que não existe", explicou.
Adiante, o rosto da SIC foi questionado pela advogada de Sérgio e Nelson Rosado sobre a "responsabilidade" de Joana Marques nos comentários menos positivos que terão recebido após a publicação do polémico vídeo.
Apesar da juíza ter intervido por considerar que não se poderia discutir responsabilidade com Ricardo Araújo Pereira porque não é jurista, o humorista acabou por comentar o assunto na mesma, diante de uma sala cheia. “As consequências são incontroláveis para nós (...) Se alguém os ameaça de morte, é indiferente. Se alguém se ri deles, eles pedem um milhão de euros”, referiu, ainda de acordo com o Observador.