Partindo da reativação de uma obra iniciada em 2021, Sandra Baía convida o público a percorrer uma narrativa feita de matéria, textura e forma, descreve o comunicado da autarquia, que destaca que, com "uma abordagem simultaneamente industrial e sensível, a artista visual afirma uma identidade plástica profundamente ligada às silhuetas e texturas de um princípio de corpo, de movimento e de ação sobre a matéria".

Questionada pela Lusa sobre o simbolismo da exposição, Sandra Baía respondeu que a escolha do nome para a mostra surgiu após se aperceber que a sala que é do antigo mosteiro escolhida para receber a exposição "tem 13 portas e 13 janelas".

"E eu, como trabalho muito em termos espaciais, do espaço da arquitetura, introduzi as 13 cadeiras. É uma obra muito minimalista, não são, na verdade, 13 cadeiras, são 13 sinónimos de cadeiras", explicou.

Quem visitar a exposição, disse, "vai encontrar diversificados elementos, muitos deles até com cor, todos eles a trabalhar a arquitetura do espaço".

"Acho que é uma sala interessantíssima. E acho que está bem conseguida, modéstia à parte", acrescentou Sandra Baía explicando que o facto de a sala ser comprida a torna "muito difícil artisticamente para se trabalhar", além de que tem "um punho de arquitetura muito grande".

E prosseguiu: "O meu trabalho nunca é pôr as obras dentro do espaço, mas sim trabalhar o espaço com as obras. Eu trabalho ao contrário. Não sou o tipo de artista que chega e põe o quadro na parede. Eu gosto de ter a noção do espaço, da arquitetura do espaço, e depois então introduzir as obras nesse espaço".

Segundo o comunicado, Sandra Baía nasceu em Lisboa, em 1968, onde vive e trabalha. Estudou Artes Visuais na Sociedade Nacional de Belas Artes e expõe regularmente desde o início dos anos 2000.

Entre as suas exposições mais recentes, destacam-se 'Cobrir para vestir de novo' e 'Sempre e Nunca Mais' no Museu de Arte Contemporânea de Elvas, 'Osso Ilíaco' (Art For the City, Bruxelas), 'Do Lado Mais Visível das Imagens' (Centro de Arte Contemporânea de Coimbra), 'Cicatriz' (Zet Gallery, Braga), 'Connecting' (Casal Solleric, Palma de Maiorca), assinala a nota de imprensa.

Sandra Baía expôs ainda o 'Wild Urbanity' (Galeria Filomena Soares, Lisboa), 'Finger Print' (Fundação Manolo Paz, Pontevedra), 'Formas Encontradas' (Museu de Arte Contemporânea da Madeira), 'Diálogos com Amadeo' (Museu Municipal Amadeo de Souza Cardoso), entre outras.

A sua obra está representada em coleções nacionais e internacionais, incluindo a Coleção Museu Berardo, Cinemateca Portuguesa, Museu Helga de Alvear, Fundação Dardo, Coleção António Cachola, Coleção Julião Sarmento, Museu de Arte Contemporânea da Madeira (MUDAS), Fundação François Schneider e Travessa da Ermida.

Em 2018, foi distinguida na 7.ª edição dos Talentos Contemporâneos, da Fundação François Schneider, em Wattwiller, na região francesa da Alsácia.

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