Clark Olofsson, o nome por trás de um dos episódios mais insanos da criminologia europeia, morreu aos 78 anos num hospital sueco.

Este nome não te soa familiar? E se dissermos “síndrome de Estocolmo”? Sim, foi ele o protagonista real da história que deu origem a essa expressão.

Metade da sua vida foi passada atrás das grades, com um CV de crimes que incluía tentativa de homicídio, assaltos, agressões e tráfico de droga. Mas foi em 1973, no famoso assalto ao banco de Norrmalmstorg, que o nome de Olofsson ficou para sempre colado à História.

Tudo começou quando Jan Erik Olsson, outro criminoso que ele conheceu na prisão, entrou armado até aos dentes numa agência bancária no centro de Estocolmo. Queria dinheiro, um carro e, surpresa: exigiu que o seu ex-colega de cela, Clark, fosse libertado e levado até lá.

A polícia, talvez incrédula com o pedido, aceitou — e a partir daí, o que era um assalto transformou-se num psicodrama sueco com seis dias de reféns fechados no cofre de segurança, jogos de cartas entre sequestradores e vítimas, e um nível de empatia tão surreal que os reféns passaram a confiar mais nos bandidos do que nas autoridades.

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No fim, ninguém saiu ferido. Mas os reféns recusaram-se a abandonar o banco antes dos assaltantes, temendo que a polícia fizesse pior. Quando finalmente saíram, houve abraços. A bizarria do caso deu origem ao termo psicológico “síndrome de Estocolmo” e inspirou livros, filmes e séries.

Clark Olofsson estava em liberdade desde 2018 e morreu esta quinta-feira, dia 26 de junho, aos 78 anos, num hospital do país, segundo a família.

Sai de cena o homem. Fica o termo. E a história que, por mais estranha que pareça, foi mesmo real!