"O rei que não morreu" é o tema de Leiria Medieval, evocando as lendas e diversas heranças que subsistem até hoje, relacionadas com D. Dinis e, também, com a rainha D. Isabel de Aragão, que inspirou a história do célebre "Milagre das rosas", reclamado por várias localidades - e também por Leiria.

O rei, que tem como cognome "O lavrador", mas também "O trovador" ou "O poeta", será evocado no evento, pelo que "criou, recriou, interferiu e corrigiu", explica a Câmara de Leiria, em comunicado.

Ao longo de quatro dias, a intenção é criar na cidade "o verdadeiro espírito da Idade Média", com mercadores, artesãos, artífices, músicos, atores, figurantes e outros participantes espalhados pelo centro histórico e castelo, protagonizando dezenas de momentos de animação, entretenimento e interação com o público, antecipa o município.

Os famosos "amores e desamores" de D. Dinis serão também lembrados, ou não estivesse a faceta romântica do rei na origem de muitas histórias que chegaram até hoje, e que parte do património imaterial local como as lendas da Ermida e do Forno da Cal, das Camarinhas, de Amor, de "Serra do Porto Urso e de Cegovim.

À semelhança de edições anteriores, a par do Mercado Medieval, será instalado o Acampamento Militar, que receberá no Jardim da Vala Real demonstrações de lutas entre senhores da guerra.

Na área da reflexão e conhecimento, o Leiria Medieval promove as "Conversas da Idade Média", onde investigadores e especialistas vão abordar diversos temas relacionados com a época medieval, recordando "uma época em que Leiria assumiu um papel decisivo na edificação de Portugal".