
Os resultados da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,78%, o tecnológico Nasdaq progrediu e o alargado S&P500 subiu 0,70%.
O dia foi "mais calmo, sem os fogos de artifício do início da semana, mas acabou bem para o mercado bolsista", comentou Christopher Low, da FHN Financial, em declarações à AFP.
Na segunda-feira, a praça bolsista tinha valorizado de forma acentuada com os anúncios de suspensão do essencial das taxas alfandegárias punitivas que EUA e China se aplicavam mutuamente.
No quadro deste acordo, ambos aceitaram descer as respetivas taxas em 115 pontos percentuais, o que as colocou em 30% no caso das aplicadas pelos EUA às importações cindas da China e 10% por esta às provenientes dos EUA.
"A promessa de avanços suplementares em matéria de acordos comerciais (...) reforçou a imagem positiva do crescimento" da economia norte-americana, disse Low.
Em 02 de abril, Trump impôs a todos os países taxas alfandegárias elevadíssimas sobre os bens que exportassem para os EUA, no mínimo de 10%, antes de um recuo quase generalizado, perante a convulsão da ordem económica internacional.
Na sequência, abriram-se negociações entre os EUA e vários dos seus parceiros comerciais.
Por outro lado, houve "um sentimento de alívio quando a maior parte das estatísticas confirmarem (...) uma subida dos preços mais fraca do que prevista", observou Low.
O índice de preços no consumidor (CPI, na sigla em Inglês), divulgado na terça-feira, mostrou que a inflação arrefeceu em abril mais do que os analistas esperavam.
O índice de opressos na produção (PPI) apresentou mesmo uma descida, quando era esperada uma subida.
Mas, pelo contrário, a confiança dos consumidores nos EUA continuou a recuar em maio, quando se antecipava uma ligeira subida, dado desanuviamento na frente comercial, mostrou um índice divulgado hoje.
"As famílias deram a conhecer parte da sua angústia perante a subida dos preços e as suas inquietações quanto à inflação induzida pelas taxas alfandegárias nos próximos meses", apontou, em nota analítica, Jose Torres, da Interactive Brokers.
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