O vice-presidente regional do Banco Mundial para a África Ocidental e Central reconheceu os significativos avanços de Cabo Verde em áreas como democracia, desenvolvimento humano e boa governança, ressaltando que “este sucesso reflecte a forte liderança e visão dos seus sucessivos governos”.

Ousmane Diagana falava aos jornalistas, recentemente, durante uma conferência de imprensa conjunta, após manter um encontro com o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, que teve o objectivo de analisar o portfólio do Banco Mundial em Cabo Verde, discutir os progressos alcançados e identificar áreas prioritárias para reforçar a parceria estratégica, promovendo o desenvolvimento sustentável do país.

O vice-presidente do Banco Mundial para a África Ocidental e Central destacou na sua intervenção a trajectória de desenvolvimento do país, parabenizando-o pelo 50º aniversário de independência.

“Este marco marca um momento histórico e de orgulho para o país e o seu povo”, afirmou, Ousmane Diagana, que visitou o país no âmbito das comemorações dos 50 anos da Independência de Cabo Verde.

A parceria entre o Banco Mundial e Cabo Verde começou em 1978, com o apoio ao desenvolvimento do Porto da Praia, e hoje conta com uma carteira robusta de 300 milhões de dólares.

“Essa colaboração está impulsionando o progresso em setores críticos e proporcionando melhorias tangíveis na vida dos cidadãos cabo-verdianos”, destacou.

Ousmane Diagana mencionou importantes iniciativas, como a formação de mais de 30.000 estudantes num novo currículo escolar e o treinamento de 2.100 famílias vulneráveis através de programas de inclusão produtiva.

Também elogiou os esforços no setor de saúde, que incluem a capacitação de epidemiologistas e a melhoria das condições em centros de saúde.

“Nossos esforços conjuntos para impulsionar o acesso ao Financiamento para Micro, Pequenas e Médias Empresas resultaram em garantias de crédito para mais de 2.000 empresas e liberaram mais de 45 milhões de dólares em financiamento. Além disso, a IFC (Corporação Financeira Internacional) também firmou parcerias com bancos locais para fortalecer a educação financeira entre pequenas empresas. Mais de 150 empreendedores receberam treinamento em planeamento empresarial e gestão financeira, construindo um sector de Micro, Pequenas e Médias Empresas mais forte e resiliente”, indicou.

Diagana enfatizou o papel vital do turismo na economia, que representa cerca de 25% do PIB.

“Estamos comprometidos em apoiar o crescimento sustentável, inclusivo e diversificado deste sector”, disse, referindo-se ao Projecto de Desenvolvimento do Turismo Resiliente e da Economia Azul.

Por fim, o vice-presidente regional do Banco Mundial para a África Ocidental e Central celebrou a recente reclassificação de Cabo Verde como um país de rendimento médio-alto, destacando um crescimento económico de 7,3% em 2024.

“Este novo estatuto destaca o extraordinário progresso da nação nos últimos 50 anos, reflectindo décadas de dedicação, resiliência e políticas públicas sólidas. Reafirma Cabo Verde como um modelo de boa governação, estabilidade e compromisso com o desenvolvimento sustentável, e consolida a sua reputação como um destino seguro, fiável e cada vez mais atrativo para o investimento internacional”, afirmou Diagana, considerando que a manutenção deste progresso exigirá maiores esforços para promover o crescimento inclusivo, aumentar a competitividade e fortalecer a resiliência contra choques externos.

O vice-presidente Regional Banco Mundial para a África Ocidental e Central concluiu reafirmando o compromisso inabalável do Banco Mundial de continuar a apoiar o investimento de Cabo Verde na resiliência económica e na melhoria da qualidade dos serviços públicos essenciais para garantir que os avanços económicos se traduzam em melhorias tangíveis na vida das pessoas.