Renato Silva faz 2 viagens por mês em trabalho. Queixa-se que a Ryanair cobra sempre taxas adicionais por transportar a mala de cabine. Desta vez, embora a mala esteja dentro do peso e dimensões pedidas, a viagem para Bruxelas ficou mais cara 20,49€.

“Acho errado até porque se fosse correto todas cobrariam”, diz Renato Silva, passageiro

Uma opinião partilhada pelo Tribunal Judicial da Comarca de Braga que, na sequência de um processo movido por outra consumidora, declarou ilegal a Ryanair cobrar taxas aos passageiros por transportarem malas de cabine.

A informação é avançada pela CNN Portugal que refere que é o primeiro tribunal português a fazê-lo. Na sentença, o juíz condenou a companhia a pagar o valor que a passageira pagou em taxas: 56,50 €.

Adiantou que não se pode aplicar um sobrepreço quando as pessoas cumprem todas as regras aplicáveis.

“Eu acho correto porque não está a ocupar muito espaço e vai ao pé de nós. Acho que é uma falta de respeito pelas pessoas que estão a viajar” diz Adriana Silva, passageira

“Nós já pagámos pela viagem à muito tempo e pagar agora no final sem contarmos não está correto”, acrescenta Filipe Alpoim, passageiro

O Tribunal de Braga afirma que se trata de uma violação dos direitos do consumidor, mas a prática é comum em várias transportadoras low cost. Em muitos casos, quem viaja é obrigado a pagar valores que podem atingir os 66 euros.

Na União Europeia estes casos são já recorrentes. Em maio deste ano, por exemplo, o Ministério do Consumo espanhol multou a Ryanair, a Vueling e a EasyJet em 150 milhões de euros por cobrarem de forma abusiva taxas aos passageiros que levavam consigo mala de cabine.

A SIC tentou contactar a Ryanair, mas não obteve resposta em tempo útil.