Telecoms: receitas da NOS crescem 3,8% no primeiro semestre e lucro recua 21% para 116,8 milhões

Operadora investiu 228 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, essencialmente em infraestruturas e inovação. Lucro foi penalizado por ausência de resultados extraordinários, mas as receitas aumentaram para 879,6 milhões de euros

António Pedro Ferreira

O volume de negócios da NOS cresceu 3,8% no primeiro semestre deste ano, para 879,6 milhões de euros face ao período homólogo, com crescimento nas telecomunicações, no novo segmento de tecnologias de informação, e nos cinemas e audiovisuais.

Porém, o lucro da operadora de telecomunicações recuou 21% para 116,8 milhões de euros, penalizada pela inexistência de resultados extraordinários, ao contrário do que aconteceu no ano anterior. "A redução [do lucro] explica-se pela ausência de resultados extraordinários registados em 2024. Excluíndo efeitos extraordinários, o resultado líquido cresceu 18,3% para 112,5 milhões de euros", explica a operadora em comunicado.

Já o EBITDA (meios operacionais libertos) cresceu 5,1% face ao período homólogo de 2024, para 395,3 milhões de euros, com o EBITDA de Telecomunicações a aumentar 4,2% para 364,3 milhões.

Miguel Almeida, presidente executivo da NOS, sublinha o desempenho na área da inovação e da quinta geração móvel, segmentos que absorveram grande parte dos 228 milhões investidos nos primeiros seis meses do ano. “Com um investimento de 228 milhões de euros neste primeiro semestre, a NOS continua a demonstrar o seu compromisso em disponibilizar a melhor infraestrutura de rede móvel e fixa e os mais avançados serviços de comunicações, como atesta, por exemplo, a liderança absoluta na oferta da tecnologia “5G stand alone”, detalha o gestor.

A operadora salienta o impacto do investimento em inovação nos resultados: "a NOS foi reconhecida pelo segundo ano consecutivo como a empresa que mais investe em I&D, pela Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência". E explica o caminho que tem feito para se tornar numa "empresa digital mais abrangente", do qual fez parte a aquisição da Claranet Portugal, em março. No último trimestre lançou a CyberInspect, uma nova área de negócio que permite às empresas "identificar vulnerabilidades e reduzir riscos".

As receitas de IT, divisão que agrega receitas de IT da NOS e da Claranet Portugal, progrediram 5,6% face ao mesmo período de 2024 para 66,4 milhões de euros.

A rede de 5G da NOS conta com 4811 antenas, que garantem cobertura a 99,6% da população, adianta a operadora, acrescentando que a rede fixa de última geração cobre 5,9 milhões de lares, mais 313 mil do que no período homólogo de 2024.

As receitas de Cinema e Audiovisuais progrediram 15,2% para 48,9 milhões de euros face ao período homólogo; o número de bilhetes vendidos aumentou 16,6%, com a distribuição de blockbusters como Lilo & Stitch, Minecraft ou Missão Impossível.