
O secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, admitiu domingo à noite que oacordo comercial que prevê tarifas aduaneiras de 15% sobre os produtos europeus que entrem nos EUA não é o ideal, mas o possível.
Em declarações à agência Lusa, o líder do PS disse que os 15% de tarifas cobradas pelos Estados Unidos da Américas (EUA), são menos que os 25% que os que estão a ser cobrados, e não é pior que aquilo que o Japão obteve.
José Luís Carneiro acrescentou ainda que este acordo é melhor que o que o Canadá tem, o que o Reino Unido tem um melhor acordo, mas não tem excedente comercial.
“O mais importante é estabilizar as expectativas e acabar com a incerteza. Impor tarifas só aumentaria o custo dos produtos nos nossos mercados”, vincou.
Do ponto de José Luís Carneiro, o Governo português “tem o mais rapidamente possível, estimar os impactos desta tarifa, no conjunto dos setores portugueses que exportam para os EUA, como como o vestuário, calçado e metalomecânica, mas também no setor da saúde.
“É importante realizar uma avaliação, tão extensa, quanto possível, sobre o impacto dessas tarifas na nossa economia. É também muito importante estimar que o impacto destas tarifas no quadro da economia da UE, sendo que nós vendemos mais de 70% para a Europa e estimar todos os seus impactos económicos e que também são nocivos para economia nacional”, indicou.