
Segundo um comunicado a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, a iniciativa, promovida pela União Europeia, em parceria com o movimento ResiliArt Angola e o projecto da American School of Angola, resultou na criação de retratos realistas que homenageiam os vice-governadores e os coordenadores institucionais que lideraram este esforço colectivo ao longo de seis anos.
As obras, entregues pela Embaixadora da União Europeia em Angola, Rosário Bento Pais, refere o documento, incorporam materiais reciclados recolhidos em ambiente escolar, como forma de envolver novas gerações num gesto de memória colectiva e simbolizam o reconhecimento pelo contributo destes responsáveis ao longo dos seis anos de intervenção do FRESAN, financiado pela União Europeia e executado em parceria com o Governo de Angola.
“Ao entregarmos estes retratos, pretendemos deixar um registo permanente de reconhecimento e gratidão uma memória que, acreditamos, transcende o tempo e o papel formal das funções. Muito obrigada pela vossa liderança, compromisso e parceria”, agradeceu a embaixadora da União Europeia em Angola, Rosário Bento Pais, citado no documento.
“Os artistas reuniram-se também para assinalar, de forma simbólica e emocionalmente marcante, o encerramento do Programa Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional (FRESAN)”, ressalta a nota.
Este simbolismo estético, lê-se no comunicado, ganhou força através da participação de instituições educativas que se associaram à residência não apenas como parceiras logísticas, mas como espaços vivos de cidadania activa e consciência ambiental.
No entanto, o comunicado realça que entre as instituições envolvidas, destaca-se a ASA American School of Angola, que acolheu parte do processo criativo nas suas instalações e mobilizou alunos e professores para uma acção de recolha de tecidos, usados como pano de fundo das telas. “O gesto, simples mas profundamente simbólico, liga a educação internacional ao território angolano, através da arte e da responsabilidade social”, afirma.
Segundo o director da American School of Angola Marcus Agostinho, a ASA orgulha-se de ter acolhido parte do processo criativo da Residência Artística FRESAN 2025 nas suas instalações e de ter contribuído, através da participação da comunidade escolar, para a produção das obras que hoje prestam homenagem aos líderes e parceiros deste programa transformador.
“Acreditamos numa educação com impacto que se compromete com os desafios do nosso tempo, que promove o pensamento crítico e que coloca os nossos alunos em contacto directo com iniciativas reais de cidadania, arte e sustentabilidade”, disse Marcus Agostinho.
Esta colaboração com o ResiliArt Angola e com a União Europeia, o responsável destacou que representa para “nós”, um exemplo concreto de como a escola pode ser agente de ligação entre culturas, sectores e gerações. “Estamos profundamente honrados por fazer parte desta história”.
Entretanto, o director da instituição frisou que a participação da ASA insere-se na missão da escola de formar cidadãos globais conscientes, comprometidos e culturalmente sensíveis. Ao envolver-se com uma iniciativa que cruza arte, memória e resiliência, a escola reforça a sua vocação como ponte entre o mundo e Angola, contribuindo para um futuro mais justo, criativo e sustentável.
“O Programa FRESAN nasceu de uma parceria sólida entre a União Europeia e o Governo de Angola, com o objectivo de fortalecer a resiliência das comunidades do sul do país, enfrentando os impactos severos das alterações climáticas e da insegurança alimentar. Hoje, mais do que números ou relatórios, celebramos o impacto humano e social que essa cooperação gerou ao longo dos anos”, conclui a nota.