Está fechada e aprovada a nova equipa que vai liderar o Banco Português de Fomento, a terceira nomeação desde a sua fundação. A presidência executiva e não executiva vai ser liderada por dois homens, que substituem duas mulheres, Ana Carvalho e Celeste Hagatong, que saiu por motivos de saúde.
A equipa do banco que quer apoiar e dinamizar mais eficazmente as empresas passa a ter 12 profissionais em vez de 11.
O presidente executivo será, como já tinha sido veiculado, Gonçalo Regalado, diretor-geral do BCP para as áreas empresariais de PMEs, Empresas e institucionais com 15 anos de experiência financeira e bancária, e entre outros cargos com experiência na liderança de programas do FEI, do BEI, do BERD.
José Gonçalo Regalado substitui Ana Carvalho. E o presidente não-executivo, o chairman, será, como também já tinha sido noticiado, Carlos Leiria Pinto, que entre outros cargos foi administrador do Banco Montepio e cuja experiência acumula ainda a passagem pelo Banco Mundial, Santander, BNP-Paribas e Commerzbank.
Em comunicado conjunto do Ministério das Finanças e da Economia, lê-se que “a decisão do supervisor foi inteiramente favorável e todos os elementos da nova equipa foram dispensados de audiência prévia, tendo sido apenas recomendadas formações específicas”.
Da comissão executiva liderada por Gonçalo Regalado fazem parte Bruno Rodrigues que é desde janeiro de 2024 administrador financeiro do Banco de Fomento e já passou pela Cosec entre outros bancos; Tiago Mateus que era diretor coordenador do BCP entre outros cargos; Luís Guimarães, que carrega 7 anos de carreira internacional no HSBC em particular em estratégia corporativa; Teresa Fiúza Fernandes, vice-presidente da Portugal Ventures e vogal do Conselho de Administração da Lisgarante e ainda diretora do Montepio para PMEs e diretora do Novo Banco Empresas; e por fim Marta Penetra administradora financeira da Unicre durante 16 anos e administradora de Compliance do BNI Europa durante 2 anos, foi ainda administradora das Sociedades de Garantia Mútua (Norgarante, Lisgarante e Garval).
O que faz este banco?
O Banco de Fomento tem como propósito assegurar o desenvolvimento económico e social de Portugal. Para isso promove a capacidade inovadora de empresas e o empreendedorismo, investe e capitaliza pequenas e médias empresas (PME) e outras empresas de dimensão média, assumindo um papel fundamental na criação de emprego e sustentabilidade dos negócios com viabilidade.
O Banco de Fomento quer assumir um papel mais intensivo em áreas como a transição digital das empresas e inovação, financiamento a PME e microempresas, em infraestruturas sustentáveis e amigas do ambiente, a chamada neutralidade carbónica, assim com o potenciar desenvolvimento em áreas com impacto social, como sejam a saúde, cuidados de longa duração, educação e habitação social.
Supostamente, os juros cobrados pelos financiamentos e apoios do Banco de Fomento são menores do que os praticados pela banca tradicional.
É pelo menos este o caderno de encargos do Banco de Fomento nos objetivos traçados.
Como administradores não executivos o o conselho de administração conta com cinco elementos entre os quais Dulce Mota, vogal do Conselho de Administração da REN e membro da Comissão de Auditoria da REN (2023 - 2025) e antes disso com uma experiência em banca enquanto vice-presidente do Banco Montepio, presidente executiva do ActivoBank, e diversos cargos de direção no Millennium bcp.
Entre os seus pares estão Adriana Moreia Leal; Maria Luísa Anacoreta Correia que é também presidente da vomissão de Auditoria e Maria do Carmo Ribeiro, vogal da Comissão de Auditoria e Vítor Hugo Roma, igualmente vogal da comissão de Auditoria.
"Com o processo de fit and proper concluído, estão criadas as condições para a nomeação da nova Administração, dando-se assim início a uma nova fase do BPF, que se pretende mais dinâmica e mais próxima das empresas", dizem os ministérios da Economia e Finanças.
E justificam que como "a decisão do supervisor foi inteiramente favorável e todos os elementos da nova equipa foram dispensados de audiência prévia, tendo sendo apenas recomendadas formações específicas", embora não digam quais no comunicado enviado à imprensa.