A procuradora-geral norte-americana Pam Bondi demitiu pelo menos nove procuradores e funcionários do Departamento de Justiça (DOJ) que trabalhavam em processos criminais contra o Donald Trump, de acordo com vários relatórios. Estas são as últimas rescisões de funcionários da administração que se acredita serem contra o presidente e que surgem no momento em que a própria Bondi também está sob fogo da direita.

Bondi demitiu pelo menos nove funcionários do DOJ que trabalharam nos processos criminais contra Trump nos últimos dias, relatam o The New York Times e a Reuters citando fontes anónimas, enquanto o Axios relata que o procurador-geral demitiu mais de 20 pessoas.

As demissões foram resultado do “Grupo de Trabalho de Armamento” de Bondi, de acordo com o Axios, que a agência descreveu como um esforço para erradicar “abusos do processo de justiça criminal”, mas também foi criticado como uma forma de o DOJ realizar uma retribuição contra os inimigos de Trump.

Os procuradores que trabalharam com o advogado Jack Smith nos processos-crime foram despedidos, juntamente com o pessoal de apoio que prestou assistência logística às investigações, o que, segundo o Times, marca a primeira vez que se acredita que os funcionários de apoio aos processos-crime perderam os seus empregos.

O DOJ já tinha despedido cerca de 15 procuradores dos processos em janeiro, antes da confirmação de Bondi como Procuradora-Geral, e a Reuters noticiou que mais dois funcionários foram despedidos em junho.

O número total de funcionários despedidos que estavam envolvidos nos processos-crime ascende assim a pelo menos 26, de acordo com a contagem da Reuters, enquanto o Axios aponta para 35.

(Com Forbes Internacional/Alison Durkee)