
Arrancou nesta terça-feira a nova Autoridade para o Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo (AMLA), com sede em Frankfurt, na Alemanha.
A agência da União Europeia (UE) vai coordenar as autoridades nacionais para garantir a aplicação correta e consistente das regras da UE em matéria de combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo. Conta com Bruna Szego como presidente e Juan-Manuel Vega Serrano como vice-presidente.
Segundo informação divulgada pela AMLA, as prioridades imediatas da organização centram-se em três aspetos, nomeadamente, estabelecer bases operacionais, fortalecer a capacidade de supervisão e coordenação das unidades de inteligência financeira e promover uma cultura de cooperação em combate ao branqueamento de capitais.
A AMLA vai coordenar as autoridades nacionais, harmonizar os regulamentos e supervisionar diretamente as instituições financeiras transfronteiriças de alto risco.
“A lavagem de dinheiro corrói a confiança pública, alimenta o crime organizado, a corrupção e a evasão fiscal, e distorce a concorrência leal”, afirma Szego, acrescentando que a resposta deve ser “forte e unificada”.
A unidade reconhece os desafios de combate a estes crimes devido às práticas nacionais divergentes às aceleradas evoluções tecnológicas. A AMLA vai funcionar com uma equipa de cerca de 400 funcionários.
A comissária para os Serviços Financeiros e a União da Poupança e dos Investimentos, Maria Luís Albuquerque, já veio reconhecer a importância desta entidade para o combate aos crimes financeiros. “Isto marca o culminar de um pacote de reformas plurianual destinado a colmatar lacunas no nosso quadro de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo. O lançamento da AMLA é um passo concreto para uma supervisão mais forte e unificada em toda a UE e para uma maior integridade do nosso sistema financeiro”, refere na sua página de LinkedIn.
Felicitando a AMLA, o Parlamento Europeu, o Conselho, as autoridades nacionais e as equipas da DG FISMA, a comissária acrescenta que, juntos, enviam “um sinal forte”. Nomeadamente, “a Europa está a elevar os seus padrões, defendendo a nossa economia, protegendo os cidadãos e garantindo que os nossos mercados financeiros continuem a ser referências globais de transparência e confiança”.