O italiano Montei dei Paschi di Siena (MPS) está mais perto de conseguir concretizar o planos de fusão com o rival Mediobanca, tendo, nesta quarta-feira, atingido o patamar mínimo estabelecido de 35% para considerar a sua Oferta Pública de Aquisição bem-sucedida. O banco mais antigo do mundo conseguiu assegurar 38,5% das ações da instituição visada.

De acordo com os dados da Borsa Italiana e um comunicado do MPS, o banco conseguiu que vários acionistas do Mediobanca vendessem as suas ações ao abrigo da OPA, num total de 313.252.717 ações. A estas juntam-se ainda as 31996 que o MPS já detém. Fruto deste resultado, o período de oferta vai reabrir entre de 16 a 22 de setembro, sendo que o período inicial da OPA ainda decorre até ao final do dia 8.

Recorde-se que, na terça-feira, o Monte dei Paschi aumentou a sua oferta aos acionistas, colocando em cima da mesa um acréscimo de 90 cêntimos por cada ação que estes vendessem na OPA. Paralelamente, o banco abdicou do patamar mínimo de 66,67% do capital para considerar a operação bem-sucedida.

Assim, informa a Borsa Italiana, a instituição conseguiu aumentar as ações vendidas de 30,125% ao final da sessão de terça-feira para os 38,5% atingidos um dia depois.

Segundo a Borsa Italiana, acionistas como o Fundo de Pensões dos Médicos Enpam, que detém 2%, a ‘holding’ da Benetton, Edizione, com outros 2%, e a Família Tortora, com 1,1%, entregaram as suas ações ao abrigo da OPA depois da alteração à oferta. Juntaram-se à Delfin e ao empresário Caltagirone, que já tinham vendido a sua parte, equivalente a cerca de 27,4%.

Estes dois grandes acionistas são, por sua vez, também acionistas do MPS, o que levou o CEO do Mediobanca a criticar conflitos de interesse aquando do chumbo da aquisição do Banca Generali.