O UBS registou um lucro de 4,96 mil milhões de euros em 2024, o que representa uma queda de cerca de 81,4% face a 2023, ano em que lucrou cerca de 26,64 mil milhões, anunciou, em comunicado, nesta terça-feira. Este resultado vem no seguimento da aquisição, em 2023, do concorrente Credit Suisse após a falência do mesmo e a consequente fusão dos bancos concluída em julho de 2024.
O banco registou cerca de 750 milhões de euros de lucro no último trimestre do ano – o que compara com o prejuízo de cerca de 272 milhões no último trimestre de 2023 – e supera as previsões de 470 milhões.
A instituição alcançou uma margem financeira de 6,92 mil milhões de euros, uma redução em relação aos 7,1 mil milhões de 2023. Por outro lado, as receitas subiram de cerca de 39,7 mil milhões para 47,31 mil milhões de euros, um aumento de 19,2%. As despesas, por sua vez, também cresceram, para 40,14 mil milhões de euros, uma subida de 6,3%.
Olhando para os indicadores do banco, é possível observar uma melhoria no rácio de eficiência superior a 10 pontos percentuais. Em 2024, o banco registou um rácio ‘cost to income’ de 84,8%, tendo este atingido 95% em 2023. Já o RoTE fixou-se em 6,5%, uma quebra considerável em relação aos 40,8% do ano anterior. Também o rácio de cobertura por liquidez viu um decréscimo, de 215,7% para 188,4%. No que diz respeito ao CET1, este manteve-se estável nos 14,3%. Já o custo de risco de crédito baixou 10 pontos base para 9.
O Conselho de Administração aprovou ainda um dividendo de 88 cêntimos por ação aos acionistas, sujeito a aprovação na assembleia geral agendada para 10 de abril. O plano de recompra de ações do banco continua, segundo o mesmo, em 2025. Em 2024, o UBS recomprou ações no valor de 973 milhões e planeia repetir o feito na primeira metade deste ano e duplicar o valor no segundo semestre.
Processo de integração do Credit Suisse continua
O banco suíço adiantou que o processo de integração do Credit Suisse deve concluir no final de 2026, esperando uma redução “substancial” de custos após esta operação. Em números, a entidade bancária espera um corte de despesas na ordem dos 12,65 mil milhões até ao fim de 2026.
O processo de integração envolve ainda a transferência de contas de clientes, os portfólios de ativos e a desativação de aplicações e infraestruturas de IT. Neste aspeto, o CEO do grupo, Sergio Ermotti, sublinha que atingiram “todos os marcos de integrações” em 2024 – mais de 4000, aponta o banco – , ao mesmo tempo que mantiveram uma “posição de capital robusta”.