
Numa mensagem interna para os funcionários e divulgada hoje pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post, Jack Ma respondeu a uma carta de demissão de um funcionário com 15 anos de casa, que apontou "falhas em aquisições, estratégias pouco claras, contratações questionáveis e avaliações de desempenho injustas".
Aos 60 anos e afastado das funções executivas desde 2019, Ma sublinhou que a empresa está a evoluir para uma estrutura "mais ágil e centrada no cliente", na sequência da reorganização iniciada em 2023, que dividiu a Alibaba em seis unidades independentes.
Considerado ainda o "líder espiritual" do grupo, o empresário defendeu que a IA constitui um eixo estratégico fundamental e que a Alibaba deve liderar o desenvolvimento tecnológico para "manter a sua relevância no mercado global".
A intervenção de Ma procura também reforçar a confiança dos cerca de 250 mil trabalhadores da empresa, numa altura em que a Alibaba enfrenta a concorrência crescente da PDD Holdings, operadora da plataforma rival Pinduoduo, que registou um crescimento de receitas de 94% em 2023, contra os 9% da Alibaba.
No trimestre encerrado a 31 de março, a Alibaba anunciou um aumento de 7% nas receitas, para 236,5 mil milhões de yuan (cerca de 28,6 mil milhões de euros), e um lucro líquido de 12,4 mil milhões de yuan (aproximadamente 1,5 mil milhões de euros), o que representa uma subida de 279% face ao período homólogo.
A unidade Cloud Intelligence Group, pilar da estratégia de IA do grupo, registou um crescimento de 18% nas receitas, que atingiram os 30,1 mil milhões de yuan (cerca de 3,6 mil milhões de euros).
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