
O Santander obteve um lucro de 6,83 mil milhões de euros até junho, mais 12,8% do que no mesmo período do ano passado, naquele que foi o melhor primeiro semestre da sua história, anunciou o banco nesta quarta-feira. Este resultado foi impulsionado por comissões recorde e por menores custos e provisões, justifica.
Segundo informou o banco, as receitas ascenderam a 31,01 mil milhões de euros, sendo que as provenientes de comissões alcançaram um novo máximo histórico de 6,68 mil milhões, um crescimento de 3%. Do lado dos custos, a empresa sublinha que estes baixaram 0,4%.
Contabilizando apenas o segundo trimestre, o lucro foi de 3,43 mil milhões de euros, mais 7%, o que marca um quinto recorde trimestral consecutivo, segundo a empresa.
De acordo com o Santander, este vai lançar um novo programa de recompra de ações de 1,7 mil milhões, cerca de 25% do lucro dos primeiros seis meses do ano. A instituição reforça o seu compromisso com os objetivos para 2025 e espera alcançar, pelo menos, 10 mil milhões em recompras de ações até 2026.
No último ano, o grupo Santander aumentou o número de clientes em oito milhões, para 176,4 milhões. Os recursos de clientes (depósitos mais fundos de investimentos) ficaram praticamente estáveis no primeiro semestre, registando uma descida de 0,2% face ao mesmo período do ano passado, totalizando 1,3 biliões de euros, embora se forem eliminadas as flutuações monetárias tenham aumentado 6%. Os depósitos diminuíram 2,8% em termos homólogos para um bilião de euros, mas em euros constantes aumentaram 4%.
Os empréstimos atingiram 1,01 biliões de euros, registando uma queda de 5%, afetados pela operação de venda do Santander Polska, embora em euros constantes tenham crescido 1%.
O rácio de eficiência do grupo melhorou ligeiramente em 0,1 pontos percentuais (pp), para 41,5%. Este é, sublinha a empresa, o melhor rácio de eficiência do Santander nos últimos 15 anos, revela. Já a rentabilidade da instituição teve também uma melhoria, com o RoTE a subir 0,9 pp até 16%. Em termos de capitalização, o rácio CET1 fixou-se em 13%, mais 0,5 pp do que no primeiro semestre de 2024.
LAA com agência Lusa