
A Forbes divulgou a sua lista anual das 50 fintech que continuam a crescer rapidamente e 48 delas estão sediadas nos EUA. As duas restantes são a DataSnipper, dos Países Baixos, com 200 milhões de dólares de financiamento e dedicada a soluções para Wall Street e empresas, e a Relay, do Canadá, com 52 milhões de dólares de investimentos recebidos e que se dedica a soluções de banking B2B.
A lista é liderada pela Chime, sediada na Califórnia e dedicada às finanças pessoais, com um financiamento de 2,3 mil milhões de dólares. Seguindo-se a Stripe, com um financiamento de 2,2 mil milhões de dólares e dedicada à área dos pagamentos. E a Navan, com um investimento de 1,55 mil milhões de dólares e que se dedica também ao segmento de banking B2B.
Relativamente às categorias dominantes, banking B2B, soluções para Wall Street e empresas e área de pagamentos dominam a lista, em 31 das 50 fintechs. As restantes fintech dispersam entre as áreas de seguros, blockchain e cripto.
A Forbes destaca que, apesar de estas fintech continuarem a crescer, o financiamento para startups de fintech caiu pelo terceiro ano consecutivo, para 34 mil milhões de dólares globalmente, em 2024, abaixo dos 42 mil milhões em 2023 e dos 144 mil milhões em 2021.
Ainda assim, a lista de 2025 foi “extremamente competitiva”, refere a revista, que disse avaliar centenas de fintech, desde o crescimento dos negócios, a novidades de produtos, até à diversidade da equipa de liderança. Porém, para serem consideradas nesta lista, as fintech precisam de ter sede ou operações substanciais nos EUA e não podem ser propriedade de uma empresa pública.
Investimento global em fintech decresce
Recorde-se que, nesta semana, o relatório semestral publicado pela KPMG, Pulse of Fintech H2’24, deu conta de que, em 2024, o investimento global em fintech atingiu 95,6 mil milhões de dólares em 4.639 negócios. Tanto o investimento global quanto o número de negócios caíram para níveis não vistos desde 2017.
A justificação pela instabilidade vivida globalmente, devido aos vários conflitos de alcance global e às várias eleições que ocorreram em jurisdições de peso, como no caso dos EUA.
Também este relatório aponta a área de pagamentos como uma da mais dinâmicas e os EUA como palco dos maiores investimentos.