
Em comunicado, a tutela destacou que "o FMI projeta para 2025 um saldo orçamental de 0,5% do PIB, superior ao saldo orçamental de 0,3% do PIB previsto pelo Governo no Plano Orçamental de Médio Prazo (POENMP), entregue em Bruxelas, em outubro de 2024, e que foi aprovado sem reservas pela Comissão Europeia".
Para 2026, "o saldo orçamental está em linha com o previsto pelo Governo (0,1% do PIB)", indicou.
Segundo as Finanças, "o FMI projeta assim que as contas públicas manterão um ligeiro excedente orçamental, sendo que entre 2027 e 2030 a previsão é de um 'superavit' de 0,1% PIB".
Este resultado, indicou a tutela, "decorre sobretudo da redução da despesa pública em percentagem do PIB a partir de 2026, terminado que estará o efeito do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]".
Segundo o ministério, estas previsões ocorrem num contexto "em que o FMI projeta o agravamento dos défices em diversos países europeus, nomeadamente na zona euro", sendo que, "na média da zona euro, o FMI prevê um ligeiro agravamento do défice orçamental".
Adicionalmente, indica o Ministério das Finanças, "o FMI prevê uma continuada quebra da dívida pública portuguesa, atingindo um valor de 92% do PIB em 2025, 88% do PIB em 2026 e 84,7% do PIB em 2027, aproximando-se dos 75% do PIB no final da década".
Hoje, o FMI reviu em baixa as previsões para o crescimento do PIB de Portugal este ano, para 2%, face ao que estimava em outubro, e abaixo das previsões do Governo.
As projeções para 2025 apontam para um crescimento de 2%, abaixo do estimado em outubro, de 2,3%.
Na proposta de Orçamento do Estado para 2025, o executivo estima um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,1% em 2025.
Para 2026, o FMI prevê um crescimento de 1,7% do PIB nacional.
O FMI apresenta ainda projeções para a inflação, com os preços ao consumidor a caírem para 1,9% em 2025 e acelerarem para 2,1% em 2026.
Já o desemprego mantém-se em níveis semelhantes, segundo o FMI, apontando uma taxa de 6,4% este ano e de 6,3% em 2026.
ALN // CSJ
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