Segundo a informação hoje divulgada pelo BdP, "as ações de entidades residentes cotadas na bolsa de valores portuguesa são maioritariamente detidas por entidades não residentes".

No final de abril, os investidores não residentes em Portugal representavam 75% do valor da capitalização bolsista total.

Esta proporção fica abaixo do registado em final de 2022 e em final de 2019 (quando a proporção detida por estrangeiros era de 78%) e acima do registado em 2013 (a proporção era então de 69%).

No final de maio, o valor de mercado das ações das 43 empresas portuguesas cotadas na bolsa ascendia a 67,8 mil milhões de euros, sendo esse, segundo o BdP, o valor mais elevado desde dezembro de 2013.

Nesse período, quatro setores de atividade concentravam 90% do valor de mercado das ações de empresas portuguesas cotadas na bolsa portuguesa. Esses setores são 'indústrias transformadoras', 'eletricidade, gás e água', 'comércio e reparação' (estes três setores representam 74% do valor) e 'atividades financeiras e seguros' (representando 16%).

Entre esses setores, o valor de mercado de 'atividades financeiras e seguros' foi em termos relativos o que mais variou nos últimos cinco anos, passando de 3,5 mil milhões de euros em dezembro de 2019 para 10,6 mil milhões de euros em maio de 2025.

Na bolsa de valores, as ações podem ser detidas tanto por pessoas particulares (os designados investidores de retalho) como por outras empresas, bancos, seguradoras, fundos de investimento, fundos de pensões (designados investidores institucionais).

As principais empresas cotadas na bolsa portuguesa são Galp, Grupo EDP, BCP, Jerónimo Martins.

O Banco de Portugal divulgou também hoje estatísticas de títulos de dívida.

O valor total de títulos de dívida emitidos por entidades em Portugal era, no final de maio, de cerca de 314,5 mil milhões de euros, mais cerca de 6,9 mil milhões de euros do que no final de abril.

Esta subida foi justificada, de acordo com o BdP, com as emissões de títulos de dívida do Estado e das empresas não financeiras, que excederam as amortizações em 3,9 mil milhões de euros e 1,5 mil milhões de euros, respetivamente.

IM // CSJ

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