
O conselheiro da Embaixada dos Estados Unidos em Angola e São Tomé e Príncipe, Noah Zaring, escusou-se a comentar restrições na concessão de vistos a um conjunto de países, incluindo três lusófonos como Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, admitindo existirem “discussões internas”.
Falando no final da cerimónia de entrega ao Governo são-tomense das instalações da rádio Voz da América (VOA) no país, Noah Zaring salientou que “nenhum anúncio” foi feito pelo Governo dos Estados Unidos sobre as restrições na concessão de vistos a 36 países, entre os quais 25 africanos.
Segundo o diplomata, a informação foi veiculada pela comunicação social, mas admitiu estarem a ocorrer “discussões internas” que, neste momento, disse não poder comentar.
Num artigo publicado recentemente, diz a Lusa, o Washington Post citava um memorando do Departamento de Estado norte-americano, assinado pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que terá sido enviado no Sábado aos diplomatas norte-americanos que trabalham com os 36 países visados.
O memorando indica que as administrações dos Estados visados terão 60 dias para cumprir os novos requisitos estabelecidos pelo Departamento de Estado.
De acordo com o Washington Post, foi dado o prazo até Quarta-feira para os países apresentarem um plano de acção inicial para o cumprimento dos requisitos.
No memorando são identificados diversos critérios que, na avaliação do Governo norte-americano, não estavam a ser cumpridos por esses Estados.