O Citigroup planeia reduzir a sua dependência dos prestadores de serviços de tecnologias de informação (TI) e contratar funcionários para essas funções, à medida que o banco se vê a braços com sanções regulamentares relativas à governação de dados e controlos deficientes, informa a Reuters.

O banco tem estado a enfrentar desafios na automatização de processos, com várias falhas nos últimos anos. Recorde-se que o Citigroup transferiu acidentalmente 81 biliões de dólares para a conta de um cliente por engano, quando pretendia apenas 280 dólares. O erro aconteceu em abril, foi revertido rapidamente, mas só agora foi conhecido.

O chefe de tecnologia do Citigroup, Tim Ryan, disse aos funcionários nas últimas semanas que o banco pretende reduzir o número de contratados externos que trabalham em TI de 50% para 20%, de acordo com uma apresentação interna vista pela Reuters. A apresentação não indicou um horizonte temporal exato para as mudanças.

Como parte da reformulação, vai contratar mais pessoal de forma a ter 50 mil funcionários especializados em tecnologia, contra 48 mil em 2024. “O Citi está a aumentar as suas capacidades tecnológicas internas para apoiar a sua estratégia de melhorar a segurança e a solidez, permitir o crescimento das receitas e aumentar a eficiência”, afirmou o Citi num comunicado enviado à Reuters.

Ryan veio da PwC para o Citi em junho do ano passado, poucas semanas antes de o banco ter sido multado em 136 milhões de dólares pelos reguladores por não ter feito progressos suficientes em problemas de gestão de dados de longa data.

Em janeiro, o diretor financeiro Mark Mason afirmou que o Citi está a investir mais para resolver os seus problemas de dados. O banco também planeia transferir a equipa de TI que trabalha atualmente em Rutherford, Nova Jersey, para um local consolidado em Jersey City no próximo ano.