O valor do imobiliário não para de subir. Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nesta segunda-feira, o valor mediano da avaliação bancária da habitação subiu 25 euros por metro quadrado (m²) num mês, atingindo os 1 911 euros em junho. Em termos homólogos, a taxa de variação fixou-se em 18,1% (17,1% em maio). O número de avaliações consideradas para este boletim foi de cerca de 32,6 mil, o que representou uma diminuição de 7,5% face às informações recolhidas no mês anterior.

A região Oeste e Vale do Tejo apresentou o aumento mais expressivo face ao mês anterior (2,5%), tendo-se verificado uma única descida, no Alentejo (-0,3%). Em comparação com junho de 2024, o valor mediano das avaliações cresceu 18,1%, observando-se a variação mais intensa na Península de Setúbal (22,8%), não se tendo registado qualquer descida. A Península de Setúbal destacou-se tanto na valorização dos apartamentos (24,1%) como na das moradias (17,2%).

No mês em análise, o valor mediano da avaliação bancária dos apartamentos foi de 2 208 euros/m², 22,9% acima do registado em junho de 2024. Os valores mais elevados foram observados na Grande Lisboa (2 940 euros/m²) e no Algarve (2 596 euros/m²), tendo o Alentejo apresentado o valor mais baixo (1 386 euros/m²).

Por tipologia, os apartamentos T2 foram os que registaram a maior valorização em termos absolutos, com uma subida de 64 euros/m² face a maio (2 267 euros/m²), seguidos dos T1, com uma valorização de 39 euros/m² (para 2 795 euros/m²), e dos T3, com um aumento de 36 euros/m² (1 924 euros/m²). Em termos mensais, o valor de avaliação subiu 2,5% em junho, com o Oeste e Vale do Tejo a registar o maior aumento (5,0%), não se tendo verificado qualquer descida.

Relativamente à avaliação bancária das moradias, o valor mediano foi de 1 389 euros/m² em junho de 2025, representando um acréscimo de 9,2% face ao mesmo mês do ano anterior. Os valores mais elevados observaram-se na Grande Lisboa (2 669 euros/m²) e no Algarve (2 505 euros/m²), enquanto o Centro e o Alentejo apresentaram os valores mais baixos (1 047 euros/m² e 1 103 euros/m², respetivamente).

Por tipologia, o valor mediano das moradias T2 diminuiu 21 euros, para 1 351 euros/m²; as T3 mantiveram o valor do mês anterior (1 376 euros/m²); e as T4 registaram uma descida de 6 euros, para 1 467 euros/m². No seu conjunto, estas tipologias representaram 88,6% das avaliações de moradias realizadas no período em análise.

De acordo com o Índice do Valor Mediano de Avaliação Bancária, em junho de 2025, a Grande Lisboa, o Algarve, a Península de Setúbal, a Região Autónoma da Madeira, o Alentejo Litoral e a Área Metropolitana do Porto apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país em 52,0%, 34,7%, 18,8%, 14,2%, 7,3% e 0,7%, respetivamente. As regiões das Beiras e Serra da Estrela, do Alto Tâmega e Barroso, e das Terras de Trás-os-Montes registaram os valores mais baixos face à mediana nacional (-52,2%, -50,8% e -49,9%, respetivamente).