Os bancos europeus pagaram mais de 1,1 mil milhões de euros desde 2018 em indemnizações para a saída de quadros superiores, revela o Financial Times nesta quarta-feira. Só o Deutsche Bank, o HSBC e o Santander pagaram coletivamente quase 850 milhões de euros em indemnizações aos seus funcionários mais seniores, entre 2018 e 2024, de acordo com a análise realizada pelo jornal.

O Société Générale, o BNP Paribas, o Barclays e o UBS distribuíram, entre si, 275 milhões de euros em indemnizações a quadros superiores durante o mesmo período.

No total, os sete bancos analisados distribuíram 1,13 mil milhões de euros em indemnizações a 2100 quadros superiores, o equivalente a cerca de 540 mil euros por cada um.

O Financial Time destaca que as indemnizações demonstram os “grandes esforços” de reestruturação que os bancos têm implementado nos últimos anos, nomeadamente o Deutsche Bank e o HSBC, para se adaptarem às novas exigências do mercado. Salienta o jornal que os bancos costumam visar os quadros superiores mais caros como parte das reestruturações para maximizar a redução de custos.

A análise apurou ainda que Santander fez o pagamento médio mais alto de indemnizações por demissão, ao longo do período, com 780 mil euros. Seguiu-se o Société Générale e o HSBC, com pacotes médios de 737 mil euros e 678 mil euros, respetivamente.

O jornal apurou ainda que o maior pagamento único de indemnização por demissão nesta análise foi de 11,2 milhões de euros, realizado pelo Santander em 2021. O Deutsche Bank também efetuou dois pagamentos individuais de 11 milhões de euros em 2018 e 2019.