O consórcio LusoLav, que inclui seis construtoras portuguesas, entre as quais a Mota-Engil, deverá ser excluído do concurso para o segundo troço da alta velocidade, entre Oiã, no distrito de Aveiro, e Soure, no distrito de Coimbra.

A informação foi avançada pelo Negócios, que refere que o júri do concurso concluiu, no relatório preliminar, que a proposta não cumpre o caderno de encargos. Em causa está a proposta de adaptação da estação de Coimbra às necessidades da Alta Velocidade, que não respeitará na íntegra a solução técnica desenhada pela Infraestruturas de Portugal (IP).

Contactada pelo Expresso, a Mota-Engil, que lidera o consórcio, não faz comentários sobre a informação.

A LusoLav tem agora 10 dias para se pronunciar. Após esse período o júri produzirá o relatório final para entregar à IP, que terá a palavra final, o que poderá levar à anulação do concurso.

Depois de ter sido o único candidato admitido ao primeiro troço entre o Porto e Oiã, obra que acabou por lhe ser adjudicada em outubro do ano passado, a LusoLav – que além da Mota-Engil inclui também a Teixeira Duarte, a Alves Ribeiro,a Casais, a Conduril e a Construções Gabriel A. S. Couto – foi também o único consórcio a apresentar uma proposta para a concessão do segundo troço, apesar de se esperar concorrência espanhola através de um consórcio liderado pela Sacyr e de outro composto por três gigantes de Espanha – a Acciona, a FCC e a Ferrovial – nem um nem outro acabaram por se candidatar.