
O guardião Ivan Zlobin não escondeu o suspiro de alívio pelo regresso à competição quase cinco meses depois do fatídico choque frente ao bracarense Roger, que lhe provocou uma laceração no rim esquerdo e suscitou um internamento de urgência.
Sorriso rasgado após um problema que considerou ter sido "difícil de ultrapassar, apesar de que não foi tão grave como podia".
"Não foi fácil, mas já estou disponível e espero voltar a jogar no último jogo da época. Jogar foi uma felicidade pura, uma sensação de criança ", confidenciou Zlobin, salientando a angústia de "não poder fazer nada": "A primeira semana foi no hospital sem me mexer muito, mas quando vim para casa não foi melhor. Também não podia fazer nada. Nem sequer lavar a loiça ou pegar no meu filho porque qualquer movimento era um risco. Felizmente tive várias visitas do Hugo Cunha e tenho uma mulher extraordinária, porque no fim o que fica connosco são as pessoas e as muitas mensagens de apoio que recebi".
Trabalhar "no silêncio e escondido"
Zlobin, que está em Famalicão desde 2020/21, elogiou a estabilidade que o clube tem mostrado em todas as épocas na Liga Betclic, bem como o futebol positivo como imagem de marca, mas não contornou o impacto anímico de ter estado na sombra do brasileiro Luiz Júnior durante quatro épocas após a saída do Benfica.
"Finalmente consegui mostrar o que sou, pelo menos até acontecer a lesão, porque tive de trabalhar escondido, no silêncio. Valorizo muito as boas palavras de todos os técnicos que aqui passaram, até porque só podem jogar 11, mas no balneário somos muitos mais e há que respeitar quem está ao teu lado", justificou o russo.