
Há cerca de um mês, o tenista argentino Federico Agustín Gómez assumiu ter batido no fundo e decidiu desabafar de forma a evitar tomar medidas irreversíveis.
No dia em que atingiu o melhor ranking da carreira, 133.º do mundo, o jogador de 28 anos utilizou as redes sociais para partilhar que pouco tempo antes pensara deixar o ténis e que isso teve um impacto tremendo no seu bem-estar mental.
«Os últimos seis meses foram dos mais difíceis que alguma vez vivi. Viver com a ideia de deixar o ténis completamente fez-me questionar verdadeiramente se tudo tinha valido a pena. E tive até repetidos pensamentos suicidas por não querer viver mais neste mundo», introduziu, explicando que apesar de ter vivido o melhor ano em termos desportivos, teve de lidar com os tempos mais difíceis em termos pessoais.
Nesse sentido, assumindo que partilhar algo tão íntimo lhe retirou um enorme peso de cima, o jogador aproveitou para justificar e pedir desculpa por comportamentos que as pessoas próximas possam ter estranhado.
«Tornou-se muito difícil expressar-me, por isso peço que entendam ações ou comportamentos que tive e que isto pode ajudar a explicar», escreveu.
A partilha de Federico Agustín Gómez comoveu o mundo do ténis e levou a reações de nomes como Boris Becker, ou Novak Djokovic, que lhe enviou uma mensagem de força nas redes sociais: «Força, amigo. Há sempre luz ao fundo do túnel.»
E se o disse, melhor o fez. À primeira oportunidade, o tenista sérvio, recordista de títulos de Grand Slam, teve um gesto que valeu mais do que qualquer palavra de circunstância.
Aproveitando a participação no Masters 1000 Miami, Djokovic convidou o companheiro argentino para uma conversa e também para treinar com ele, num dos dias entre competição.
Um gesto que voltou a comover o mundo do ténis.