Jesse Marsch, selecionador do Canadá, revelou na conferência de imprensa de antevisão ao jogo frente a Guatemala, a contar para os quartos-de-final da Gold Cup, que o FC Porto recuou na decisão de ceder Stephen Eustáquio, depois de inicialmente ter dado o aval a essa utilização após a participação dos dragões no Mundial de Clubes.

"Analisámos como poderíamos usar as vagas e falámos com o Stephen [Eustáquio] antes de nos juntarmos, em junho, sobre o timing e as possibilidades que poderiam surgir, e ele manifestou muito interesse em juntar-se à equipa. Analisando tudo, decidimos utilizar uma das vagas, mesmo sabendo que o FC Porto podia ir longe no torneio [Mundial de Clubes] e que poderíamos não voltar a vê-lo. Mesmo quando o discutimos no início de junho, disse-lhe 'vai ser um verão longo para ti, tendo de estar connosco, ir ao Mundial de Clubes e depois novamente connosco'. Além disso, ainda se fala que pode ir para um sítio novo, que pode regressar ao FC Porto, o descanso que terá antes do começo de uma nova época com o Mundial no horizonte e o que seria melhor para ele. Disse-lhe que poderíamos voltar a falar após o Mundial de Clubes e decidir o que era melhor", começou por referir Jesse Marsch, acusando, depois, o FC Porto de ter faltado à palavra.

"Depois disso, o FC Porto não teve o desempenho que esperava e houve um pouco de pânico interno no clube. O Stephen queria juntar-se a nós, mas foi colocado numa situação difícil, porque o regresso deles será ainda mais cedo do que era suposto e, no final de contas, o FC Porto recusou-se a libertá-lo, ao contrário do que disseram antes do torneio [Mundial de Clubes]. Por isso, tivemos de mudar o plano, mas quando se olha para a profundidade de um plantel com 26 jogadores e a duração do torneio, bem como a possibilidade de ele voltar, independentemente do que pudesse acontecer, foi uma boa estratégia, apesar dele não estar cá", constatou o selecionador do Canadá.