"Vamos alterar, não apenas por gestão [física], mas também por isso. O duelo anterior foi extremamente desgastante, mas disse aos jogadores que este é, eventualmente, o grupo mais homogéneo desde que estou cá. Estou à vontade com todos e isso leva-me a poder pensar no jogo seguinte de outra forma", garantiu o técnico, em conferência de imprensa.

Três dias depois do empate frente à França (0-0), vencedora em 1988, Portugal regressa ao Estádio Sihot, em Trencin, na Eslováquia, para encarar a Polónia no sábado, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), ao passo que França e Geórgia jogam à mesma hora em Zilina, numa ronda que pode apurar os georgianos para os quartos de final e afastar os polacos.

"A última partida foi impactante [a nível físico] e fomos sentindo isso nos treinos nos dias seguintes. Obviamente, terá interferência na escolha do 'onze' para o próximo jogo, mas resta-nos jogar bem e estar ao melhor nível se queremos continuar em prova", observou.

Portugal divide o segundo lugar do Grupo C com a França, ambos com um ponto, a dois da Geórgia, que começou com um triunfo sobre a Polónia (2-1), garantido nos descontos.

"A Polónia é diferente da França em relação à linha defensiva [de três centrais]. Isso traz uma aglomeração de futebolistas, principalmente em zonas mais próximas da sua baliza, e dificulta a procura por espaços para finalizar. Agora, exibem outras qualidades quando decidem pressionar alto, são muito agressivos e fortes na bola parada ofensiva. Existem diversas situações que temos de contornar para vencê-los", analisou Rui Jorge.

Os dois primeiros colocados das quatro 'poules' acedem à fase a eliminar da 25.ª edição do Europeu de sub-21, na qual a equipa nacional já foi finalista vencida em 1994, 2015 e 2021, estando a final marcada para 28 de junho, no Estádio Tehelné pole, em Bratislava.

"Não queremos ser lentos na circulação da bola, mas agressivos a atacar este oponente. Agora, acredito que vá ser um desafio diferente do primeiro, mas temos futebolistas com versatilidade, inteligência e qualidade técnica para superar uma situação destas", referiu.

Caso sejam utilizados, o médio Paulo Bernardo e o avançado Henrique Araújo igualam o recorde de 30 embates do antigo centrocampista Manuel Fernandes pelos sub-21 lusos, numa altura em que disputam a segunda fase final consecutiva, após a estreia em 2023.

"Esse número só tem significado por haver alguém que acredita que eles são potenciais jogadores da equipa principal e por ainda não terem tido a sorte de subir de patamar. Às vezes, quando se fala em recordes, há uma ânsia desmedida em atingir algo, mas só se deve pensar nisso no final. Este recorde será a consequência de uma coisa boa, por um lado, e de outra ainda não totalmente conseguida, que é a chegada à seleção principal", comentou Rui Jorge, que lançou Paulo Bernardo a tempo inteiro na quarta-feira e deixou Henrique Araújo no banco, com o médio a 'herdar' a braçadeira de capitão do avançado.

*** Ricardo Tavares Ferreira, enviado da agência Lusa ***

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