Portugal necessita de controlo com bola para suster a vertigem ofensiva da França na quarta-feira, em desafio da jornada inaugural do Grupo C do Europeu de Sub-21, disse esta terça-feira o selecionador nacional Rui Jorge.

"A França tem muita verticalidade no seu jogo e atletas de grande capacidade individual. Acredito que podemos ter mais controlo sobre o jogo e capacidade para chegar ao último terço de forma mais sustentada. Será um jogo bastante equilibrado, mais vertical de um lado, mais pensado e coletivo do outro", analisou o técnico, em conferência de imprensa.

Portugal inicia a 10.ª participação, e terceira seguida, em fases finais do Campeonato da Europa de sub-21 perante a França, vencedora em 1988, na quarta-feira, às 21 horas locais (20H em Lisboa), no Estádio Sihot, em Trencin, na Eslováquia, na abertura do Grupo C, constituído igualmente por Polónia e Geórgia, que se defrontam no mesmo dia em Zilina.

"Não acredito que as duas equipas tenham pontos fracos. Ambas são fortes e vamos ver quem consegue perceber melhor as fraquezas momentâneas do seu adversário. No final, espero que consigamos estar melhores e que isso nos leve à vitória", vincou Rui Jorge, a caminho da quinta fase final no banco de Portugal, que orienta desde novembro de 2010.

Os dois primeiros colocados das quatro 'poules' acedem à fase a eliminar da 25.ª edição da competição, na qual o conjunto das quinas já foi finalista derrotado em 1994, 2015 e 2021, estando a final marcada para 28 de junho, no Estádio Tehelné Pole, em Bratislava.

"Não adianta estar a dizer que quero levar a taça para casa se, depois, não conseguimos mostrar que somos melhores. Se assim for, escusamos sequer de pensar nisso e nem lá perto chegaremos. O que nos interessa é fazer bem amanhã [quarta-feira], nos dias 14 e 17 de junho e, eventualmente, daí em diante. Quando falam no sonho [de ser campeão], quem não gostaria de chegar ao lugar mais alto? Claro que todos os futebolistas pensam nisso e eu também, mas o que me move é o que eu posso fazer para lá chegar", admitiu.

As lesões, a simultaneidade com o renovado Mundial de clubes, a promoção às seleções principais, que estiveram na 'final four' da Liga das Nações, arrebatada por Portugal, ou a intransigência dos seus emblemas retiraram a Portugal e França diversos elegíveis com percurso recente nos sub-21, afetando sobretudo as opções de Rui Jorge para a defesa.

"Fizemos duas semanas de treinos e eles trabalharam bem, sempre concentrados e com vontade de melhorar uma linha defensiva que, às vezes, tem de funcionar ao centímetro. Creio que estamos preparados nesses comportamentos base. Agora, vamos ver como é que nos conseguimos aguentar perante uma equipa fortíssima como a França", assumiu.

Apesar das limitações, Rui Jorge confia num grupo "versátil, com boas qualidades a nível individual e inteligência" no entendimento do jogo, que "está confortável e consegue jogar bem" em '4-3-3' ou '4-4-2' losango, as duas estruturas táticas mais utilizadas pelos lusos.