O que dizer da segunda parte da equipa?

“Foi uma primeira parte onde podemos agradecer ao Rui Silva termos chegado ao intervalo com 0-0. Mais do que o sistema ou a tática, foi muita falta de atitude de forma geral. Não estávamos a dignificar da melhor maneira o Sporting. Tentei, de alguma forma, demonstrar que não estava contente e que a atitude que estávamos a ter não era a correta para o emblema e a camisola que vestimos.

É uma segunda parte totalmente diferente, com uma atitude competitiva muito grande, não deixámos o Gil sequer crescer no jogo, chegámos ao 1-0, poderíamos ter feito o 2-0 e no único lance que o Gil tem, já com 10 jogadores, de aproximação à nossa baliza acaba por até fazer o empate no lance que está fora de jogo - mas é o único. Foi uma diferença muito grande na atitude competitiva e temos de meter na cabeça que é esta a atitude que temos de ter.”

A presença de Gyökeres em campo ajudou?

“Pode ser um fator, mas não foi muito por aí. Não quero individualizar o Viktor, é o importante, o grupo sente isso, os adversários sentem que é importante para o Sporting e claramente olham para ele de forma diferenciada, é impossível não olhar. Claro que ajudou nesse sentido, mas, mais do que isso, todos em termos individuais… a atitude competitiva que fomos capazes de ter. Fomos mais pressionantes, ganhámos duelos, bons timings, não baixámos. Foi muito diferente da segunda parte para a primeira, só assim conseguimos ganhar.”

Como foi fazendo a gestão com tantos ausentes?

“É olhar para quem está disponível e tentar escolher o melhor onze. Tentar ser competente. Hoje fomos capazes independentemente das lesões, de quem não estava, do Diomande castigado. Independentemente das falhas e indisponibilidades, a equipa que foi para jogo era capaz de vencê-lo. O meu discurso inicial foi por aí. Na primeira parte ficámos muito, muito aquém, acho que não dignificámos da melhor maneira o clube, mais do que qualidade, faltou-nos muita atitude. Na segunda parte, sim, demonstrámos ser capazes. Temos de ter esta atitude competitiva, só assim conseguimos ganhar, esteja quem estiver. Depois, de forma individual, temos jogadores como o Viktor, o Trincão, o Quenda, malta mais avançada, que consegue desbloquear o jogo a qualquer momento.”

Como transpor isto para o campeonato?

“Gostava de ter toda a gente disponível, ter tempo de treino. Na primeira parte senti malta um bocado aquém a nível físico, estava pensativo nesse sentido. Mas depois melhorámos. Às vezes é muito mais mental do que outra coisa. Eles têm que se capacitar de que representam o Sporting, representam um grande clube, representam o campeão nacional. Não há cansaço que possa ser superior à atitude.”