
O Botafogo venceu o PSG por 1-0, com golo de Igor Jesus aos 36 minutos, e assumiu a liderança isolada do grupo B, com seis pontos em dois jogos.
O treinador Renato Paiva dedicou o resultado a todos os treinadores que trabalham no futebol brasileiro e disse que a equipa fez um jogo perfeito para «vencer uma ‘máquina’.
«Isto é histórico por várias coisas. Era confronto dos continentes. Eu estou muito feliz pelo Brasil, pelo país, pelo jogador brasileiro, pelo treinador brasileiro, pelo treinador estrangeiro que trabalha no Brasil. Estavam em campo o confronto entre o vencedor da Champions League, que tinha vencido há três semanas, e o clube detentor da Copa Libertadores. Mas metade dessa equipa praticamente não está aqui», notou.
«No futebol, há sempre uma possibilidade de ganhar um jogo deste. A história do futebol diz isso e eu disse antes que o cemitério do futebol está cheio de favoritos. Hoje voltou-se a provar. Uma das prioridades deste grupo e deste treinador é blindar-se do exterior e trabalhar em função das suas ideias, das suas filosofias, do conhecimento dos seus jogadores. Era uma questão de acreditar, sinceramente, e acreditar porque não é o exterior que nos define. Depois do jogo de estreia (2-1 os Seattle Sounders) era tudo negativo, era a teoria do caos», comentou.
«Fizemos um jogo em que, taticamente, fomos perfeitos. Irrepreensíveis. O PSG não teve todas aquelas oportunidades flagrantes. Teve muito a bola, de facto teve, mas nós fomos muito solidários. Quando saí do campo, disse: fizemos o Paris Saint-Germain beber do seu próprio veneno», disse, explicando que o Botafogo foi mais PSG que a própria equipa francesa:
«Nós hoje fomos aquilo que o PSG tem sido nos últimos tempos. Uma verdadeira equipa, e não foi a primeira vez que somos. Atacamos todos, defendemos todos. Deslizamos todos para a direita, deslizamos todos para a esquerda. Fomos todos para a frente e fomos todos para trás. Era a única forma de nos equivalermos com eles. A partir daí, depois, também o talento dos nossos jogadores. Porque os nossos jogadores têm muita qualidade. Foi um jogo estratégico, sabíamos como ia ser.»
«Foi de facto uma exibição muito boa, muito completa. Gostaria de ter tido mais a bola, gostaria de ter atacado mais, mas não é possível porque esta equipa é uma máquina de atacar e defender e de transições e nós fomos muito inteligentes, muito rigorosos no plano» , explicou, recordando como foi a saída do hotel:
«O último slide antes de sairmos do hotel foi colocar a taça da Liga dos Campeões e a Libertadores. E disse: ‘o mundo vai dizer que joga quem ganhou a Champions com quem ganhou a Copa Libertadores’. E o slide a seguir foi este grupo, porque este grupo tem o trabalho de muitos jogadores que chegaram depois. Mérito para os que ganharam essa Copa Libertadores, mas hoje já somos um grupo diferente. E eu disse, ‘é quem ganhou a Champions contra este grupo de trabalho’. E essa foi de fato a nossa maior vitória. A nossa maior vitória sendo nós próprios. Disse 'não percam a oportunidade de mostrar para o mundo que são vocês mesmos’, e foram. E isto faz de mim um treinador absolutamente orgulhoso.»
(em atualização)
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