A Câmara de Oeiras foi esta quinta-feira de manhã alvo de buscas por parte da PJ (Polícia Judiciária) por suspeitas de corrupção, tendo a operação visado a recolha de elementos de prova sobre alegados crimes relacionados com desvio de fundos públicos de organismos daquela autarquia, segundo avançou a CNN.

Depois de terem sido alvo de buscas noutras ocasiões, as instalações da autarquia liderada por Isaltino Morais foram novamente visadas, agora por suspeitas de crimes de corrupção, participação económica em negócio e abuso de poder que visam diretamente o diretor-geral da empresa pública Municipia, António Fernandes, de acordo com a mesma publicação.

Em causa estarão transferências bancárias alegadamente injustificadas, de cerca de 5 milhões de euros, entre diferentes sociedades durante os últimos anos. 

Mais tarde, a PJ confirmou a realização de buscas nas câmaras de Oeiras e Grândola e em empresas do setor turístico, dando cumprimento a mandados de busca emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Lisboa e de Évora.

Segundo a nota da Polícia Judiciária, em causa está a investigação «a eventuais crimes de prevaricação, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio e abuso de poderes e violação de regras urbanísticas».