
Francesco Bagnaia terminou em terceiro lugar na Sprint do Grande Prémio de Itália, em Mugello, e não escondeu a frustração com a sua prestação. O piloto da Ducati revelou que tem enfrentado os mesmos problemas desde o início da época, sem conseguir encontrar soluções eficazes.
‘É sempre a mesma coisa. Arranco bem, depois ultrapassam-me. E fico preso atrás e não consigo fechar o espaço e acabo ali onde… é assim desde o início da época. Honestamente, estou a ter muitas dificuldades para fazer o que sei, o que consigo fazer. Sei que posso entrar mais rápido. Sei que posso fazer algo que vejo os outros a fazerem, mas não consigo. Não sou capaz e tenho muitas dificuldades em ganhar velocidade dentro das curvas. E a frente da moto está sempre a mexer-se. Está a olhar muito. Está com muito subviragem. E é uma vergonha porque fui o único que baixou o ritmo em relação ao ano passado. Estava quatro ou cinco décimos mais lento do que no ano passado, quando ganhei a Sprint. Por isso, é uma vergonha, mas é o que é.’
Apesar de uma qualificação promissora, o italiano voltou a sentir os mesmos limites durante a corrida curta, principalmente com o desgaste do pneu dianteiro.
‘A qualificação foi muito boa. Estava satisfeito. Cometi apenas um erro e foi daqueles que me custou um décimo, mas tudo bem. A questão é que depois comecei a corrida e estava a sentir-me bem. Pensei: ok, posso lutar. Mas depois de três ou quatro voltas, o pneu da frente acabou e tornou-se muito difícil. Para amanhã, vamos ver. Depende das condições, que parecem que vão estar um pouco mais frias e talvez possa ajudar os pneus, mas vamos ver. E acho que, com o dobro da distância, os meus problemas com a frente podem ser ainda piores. Por isso, não sei o que esperar de amanhã e só quero tentar algo que me ajude. Sei que já fizemos oito ou nove corridas, não me lembro bem. É o nono GP, e mais ou menos, o problema é sempre o mesmo. Por isso, temos de entender isto de forma diferente.’
Bagnaia parece resignado com as dificuldades e confia que o frio possa ser um aliado. No entanto, o seu discurso revela incerteza, desânimo e uma necessidade urgente de mudanças na abordagem da equipa.