Enquanto o Benfica continuar a vencer, Bruno Lage continuará a conquistar a equipa e os adeptos. As águias continuam a não entusiasmar e com lacunas a precisar de ser trabalhadas, mas perante a instabilidade vivida no clube e o pouco tempo de trabalho e de preparação, com jogos a meio da semana, continuar a vencer permitirá manter o crescimento.

Com um pouco mais de tempo, mas também sem o trabalho diário da pré-época, Bruno Pinheiro procura também continuar a desenvolver o seu trabalho de personalização de um Gil que, desde que o técnico assumiu o comando técnico, nunca perdeu. Dois Brunos em crescimento ditarão o fim de uma sequência perfeita: ou Lage não vencerá pela primeira vez, ou Pinheiro perderá o primeiro jogo. A resposta será dada no Estádio da Luz, a partir das 20:30 do próximo sábado, 28 de setembro.

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3 aspetos táticos a observar no Benfica x Gil Vicente

Influência de Orkun Kokçu na manobra ofensiva do Benfica: O primeiro passo de Bruno Lage como treinador do Benfica foi claro: tentar colocar os jogadores o mais confortáveis possíveis em campo. O mais beneficiado foi Orkun Kokçu que está, agora, mais bem enquadrado na equipa do Benfica e com influência total na construção das águias. Num 4-3-3, o turco surge como interior esquerdo que baixa, com bola, para ver o jogo de frente e influenciar as primeiras fases da construção encarnada, mantendo a liberdade para pisar zonas mais avançadas e definir. A criatividade e capacidade no último passe são recursos valiosos que, por mais de um ano, o Benfica desperdiçou. A sociedade turca com o compatriota Kerem Akturkoglu e a presença de Fredrik Aursnes no meio-campo, replicando uma dupla do Feyenoord, dão conforto a Orkun Kokçu.

Peso da dúvida sobre a condição física de Mory Gbane: Bruno Pinheiro encontrou um onze base no Gil Vicente e repetiu-o nos últimos dois jogos dos gilistas. A lesão de Mory Gbane na receção ao Casa Pia que colocou o médio costa-marfinense em dúvida para o jogo e influenciou e condicionou a preparação estratégica de Bruno Pinheiro que, com dois planos preparados, terá de optar pelo que não contemplou o recuperador. Mory Gbane está mesmo de fora, confirmou o técnico, e vai obrigar a mudanças. Não há mais jogadores no plantel com a capacidade de preenchimento e ocupação de espaços, libertando Jesús Castillo (médio com maior chegada) e Kanya Fujimoto (tecnicista a ligar setores), pelo que uma ausência do médio pesará na proposta de jogo gilista.

Diferenças nos perfis dos laterais: Embora os sistemas de Benfica e Gil Vicente se espelhem com naturalidade (4-3-3), os laterais têm características diferentes, especialmente se Alexander Bah recuperar a tempo. O dinamarquês e Álvaro Carreras (mais global no seu jogo) são mais exigidos na frente, projetando-se no corredor e recebendo em zonas mais adiantadas. Do lado do Gil Vicente, tanto Sandro Cruz como Zé Carlos preferem receber mais baixos no terreno, procurando atrair marcações e libertar os extremos em situações de 1X1.

3 registos que a história nos dá

  1. Na última temporada o Benfica marcou três golos nos dois jogos realizados diante do Gil Vicente (3-2 em Barcelos, 3-0 na Luz).
  2. Nos últimos quatro jogos entre Benfica e Gil Vicente no Estádio da Luz, ambas as equipas venceram por duas vezes.
  3. O Gil Vicente é a equipa com mais empates nesta edição da Liga Betclic: quatro.

3 jogadores a ter em conta no Benfica x Gil Vicente

Álvaro Carreras: Era evidente que melhoraria assim que a equipa melhorasse. Tem sido um dos elementos mais regulares do Benfica nesta temporada e, com a presença próxima de um jogador associativo como Orkun Kokçu e de um elemento a poder compensar movimentos (Kerem Akturkoglu), pôde subir o nível. Além das mais-valias como lateral mais baixo e interior ao nível do passe, também é capaz de dar critério quando chega em profundidade.

Vangelis Pavlidis: A discussão quanto à falta de golos do avançado grego era apenas ruído. Vangelis Pavlidis não tem um perfil autossuficiente como Viktor Gyokeres ou Samu Aghehowa e é, portanto, menos exuberante, mas tem características para, se bem fornecido, terminar a época com um bom número de golos. Além desta dimensão, tem importância na forma como se oferece em apoio e consegue ligar com os colegas.

Kanya Fujimoto: Fora dos principais radares, não há muitos nomes tão fortes como Kanya Fujimoto. Chegou ao Gil Vicente em 2020/21 e tem crescido de época para época, aumentando a influência e presença ofensiva no jogo dos gilistas. Depois de ter sido, por vezes, desviado para os corredores, agarrou o lugar num papel híbrido de terceiro médio e segundo avançado, com liberdade de movimentos e muita capacidade técnica para criar desequilíbrios e definir no último terço.

3 equipas em campo

Onzes prováveis

Benfica: Anatoliy Trubin; Alexander Bah, António Silva, Nicolás Otamendi, Álvaro Carreras; Florentino Luís, Orkun Kokçu, Fredrik Aursnes; Ángel Di María, Kerem Akturkoglu, Vangelis Pavlidis.

Gil Vicente: Andrew; Zé Carlos, Rúben Fernandes, Jonathan Buatu, Sandro Cruz; Santiago García, Jesús Castillo, Kanya Fujimoto; Jordi Mboula, Félix Correia, Cauê dos Santos.

Arbitragem:

  • Árbitro: Miguel Nogueira
  • Assistentes: Paulo Brás e Nuno Pires
  • 4.º árbitro: Anzhony Rodrigues
  • VAR: Rui Oliveira
  • AVAR: Fábio Silva

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