Além de abordar o seu trajeto no Sp. Braga, Roger Fernandes abriu o livro em relação a diversos assuntos, desde as referências no plantel à forma como é tratado pelos companheiros e até à meta para a temporada que está prestes a arrancar. Quer fazer o que ainda não foi feito, ainda que não tenha verbalizado o objetivo do título, nas declarações aos meios do clube. Mas é precisamente isso que o Sp. Braga nunca conseguiu na 1.ª Liga...

Futuro: "O sonho é fazer uma grande temporada este ano, individualmente e coletivamente, queria que a nossa equipa alcançasse muitas coisas que nunca foram conseguidas. Gosto da música do Pedro Abrunhosa: 'Vamos fazer o que ainda não foi feito'. Espero conseguir fazer o que ainda não foi feito aqui no clube, é a ambição de muitos bracarenses, é um sonho fazê-los felizes e espero conseguir. Evoluir na carreira e um dia ganhar a Champions, o Euro, o Mundial... O meu sonho é desfrutar a cada dia do futebol e ser muito feliz e fazer os meus próximos felizes também."

Herdou a camisola 7 que era de Bruma: "Não consegui falar com o Bruma, estava no Mundial de Clubes, mas eu sei que como é meu amigo vai deixar. O 7 tem significado para mim, é o número da maioria dos meus ídolos, gosto desse número desde a Guiné, por causa do Ronaldo, agora também pelo Bukayo Saka."

Melhor memória no Sp. Braga: "A melhor memória vai ser cada dia que passo aqui, é uma memória, é sempre um momento bom. Mas o que mais me marcou foi o jogo com o Rio Ave em que fiz 2 assistências e ganhámos quase nos 90. Vamos criar outros momentos!"

Referências no plantel: "Já foi o Matheus quando esteve cá, porque eu queria ser profissional e homem como ele, pai de família e profissional, um exemplo de saber estar. Eu olhava, sentava-me perto dele e dizia que queria ser um profissional e um pai como ele. Continua a ser um exemplo para mim. Agora são o Moutinho, o Tiago Sá e Ricardo Horta. Moutinho só via pela televisão, por jogar playstation com ele, tinha pessoas em África a usar camisola com nome de Moutinho, agora jogar ao lado dele e olhar para ele todos os dias é um orgulho."

Zalazar chama-o de bebé: "Todos me chamam de bebé, já nem me lembro de quem me chama Roger. Todos me chamam de bebé, por o Chico [Francisco Miranda, fisioterapeuta] me chamar e dizer que sou filho dele, e por ser o mais novo há muito tempo. Eu ia para o 'meiinho', ia cantar em todos os almoços de equipa para não pagar o almoço. Ou tirava dinheiro do meu cartão ou ia cantar, eu escolhia cantar. Mas são o Zalazar e o Niakaté que mais pegam comigo, mas a quem eu dou mais duras é o Chissumba, ele é o meu chinelo [risos]".

O mais rápido do plantel: "Hornicek [risos]. Ninguém acredita nisto... O mais rápido... Eu estou lá, o Zalazar, o Gharbi e o Gabri também."

Quem tem mais estilo: "Isso deixa comigo [risos]. Acho que o Bambu, mas gosto muito do estilo do Niakaté. Às vezes varia entre fatos de treino, às vezes mais casual, gosto muito do estilo dele. Do Arrey-Mbi, do Bambu..."