
Quando marcou de cabeça na final do Campeonato da Europa, Alessia Russo assumiu as rédeas da reação que culminaria no segundo título europeu da avançada em 2024/25.
Vencedora da Liga dos Campeões com o Arsenal e do Europeu com Inglaterra, a goleadora viveu uma temporada de sonho, afirmando-se, definitivamente, como uma forte candidata ao prémio de melhor jogadora do mundo.
Uma época para recordar... e repetir
A temporada começou com um golo pela seleção das Três Leoas, contra a Suécia e diante da Irlanda, que garantiu a qualificação para a mais importante prova de seleção do Velho Continente, recentemente, reconquistada. Já com o Arsenal, a época começou em setembro, com o clube a iniciar a Liga dos Campeões ainda nas fases eliminatórias.
Alessia Russo marcou um dos golos na qualificação sobre o Rangers e, para chegar à fase de grupos, o Arsenal ainda ultrapassou Rosenborg e Hacken. No entanto, a atleta dos gunners não marcou nesses jogos, chegando a estar mais de um mês sem fazer o gosto ao pé.

Contudo, tudo mudou no duelo contra o Valerenga. Com um golo e uma assistência, Russo colocou termo a um jejum de oito jogos sem marcar. A partir daí, tornou-se decisiva especialmente em jogos importantes ao deixar a sua marca contra Manchester United, Tottenham e Liverpool.
Brilhou também na fase a eliminar da Champions e comandou, com dois golos, a "remontada" sobre o Real Madrid, com um 3-0 a superar a derrota por dois golos de diferença trazida da primeira mão. Sem golos na memorável final ganha ao Barcelona, a atleta pode muito bem gabar-se do papel fundamental no trajeto da turma londrina.
A nível doméstico, o Chelsea dominou e conquistou o título da WSL, mas Alessia Russo terminou a competição como grande artilheira, com 12 golos em 21 jogos, números que ajudaram a vencer a corrida pela vice-liderança ao Manchester United.
Além da veia goleadora, Russo mostrou-se crucial para o Arsenal na retenção de bola no último terço e, também, na pressão alta que foi marca da equipa, especialmente, depois de Renée Slegers assumir o comando.
Atacante completa, Russo atingiu o auge aos 25 anos com um papel de destaque no título europeu da Inglaterra. Foi sublime na goleada sobre a Holanda, com três assistências, e o símbolo das Leoas que nunca desistiram para superar eliminatórias difíceis contra Suécia, Itália e Espanha.
Um ano inesquecível, com credenciais para disputar a Bola de Ouro, que seria um prémio inédito para uma inglesa.