No jogo de espelhos na Amoreira foi mais eficaz o Casa Pia. As duas equipas entraram em 3x4x3, com os mesmos 14 pontos,  e com o mesmo número de vitórias, empates e derrotas. Tudo igual, até a capacidade para anularem as mais perigosas armas do adversário. Até que o talento individual fez a diferença e Livolant ofereceu golo a Telasco. O segundo surgiu pouco depois com erro clamoroso de Robles e o instinto de Cassiano a fazer a diferença.

Entrada forte do Estoril, a instalar-se no meio-campo do Casa Pia e a conseguir sempre fugir à pressão alta do adversário. Com as duas equipas num modelo semelhante, o 3x4x3, a primeira oportunidade chegou aos 16 minutos, mas Pedro Álvaro adivinhou o lance e evitou remate de Cassiano.

O Estoril procurava fazer pressão alta e condicionar a saída com bola do Casa Pia, mas a equipa de João Pereira conseguia libertar-se, o que lhe deu algum domínio na primeira metade da primeira parte. Mas aos 23 foi a vez do Estoril a ficar perto do golo: erro clamoroso de Lorrazabal, Marqués ganha e só não marca porque João Goulart chegou a tempo de fazer o corte.

O Casa Pia volta a entrar melhor na segunda parte e Cassiano até se conseguiu isolar logo aos 48 minutos, mas o remate saiu fraco e à figura. O que também se repetiu foi a incapacidade das equipas em soltarem-se das amarras.

Com o jogo tão equilibrado e com duas equipas a não chegarem a zonas de finalização, teria de ser o talento individual ou um lance de bola parada a decidir. E foi mesmo a qualidade de Livolant a fazer a diferença: rompeu pela esquerda e o passe atrasado é perfeito. Telasco só teve de encostar para a baliza.

Boa reação do Estoril ao golo sofrido e no banco o treinador Ian Cathro mexeu de imediato. Tirou Zanocelo e Hélder Costa e fez entrar Gonçalo Costa e Begraoui, mas um erro clamoroso de Robles sentenciou o jogo. O guarda-redes procurou driblar Cassiano, perdeu a bola e… perdeu o jogo.