
Ponto final na novela, só faltando o carimbo oficial dos dois clubes: A Juventus vai pagar os €30 milhões exigidos pelo FC Porto para garantir a transferência definitiva de Francisco Conceição. Após um processo que conheceu avanços e recuos, com os italianos a tentarem baixar as exigências dos azuis e brancos, contando com a ajuda do empresário Jorge Mendes, o acordo está prestes a ser fechado antes da cláusula de Francisco subir para €45 milhões, o que ia acontecer esta quarta-feira.
O valor entrará na totalidade nos cofres do FC Porto, através de três parcelas. Juntando esse montante ao já pago pela Juventus pelo empréstimo e bónus pelo apuramento para a UEFA Champions League (€10M), Francisco rendeu aos dragões €40 milhões, menos €5 milhões que a sua cláusula original.
Segundo apurámos, Damien Comoli, diretor geral da Juventus, falou com o Sérgio Conceição, pai do extremo, no sentido de Francisco Conceição abdicar dos 20 por cento dos direitos que tem sobre a transferência, no caso €6 milhões. Esse era um ponto sensível, dado que André Villas-Boas sempre se manifestou contra este tipo de acordos que não beneficiavam em nada o FC Porto. Disse-o durante a campanha eleitoral e reiterou-o já após ser eleito presidente dos azuis e brancos. Aliás, o acordo foi sendo adiado até chegar um documento oficial do clã Conceição a comprovar que abdicaria daquele valor. Ainda há este aspeto de importância legal para comprovar na troca de documentos, mas o jogador já não deverá escapar à Juventus.
Com o dinheiro encaixado com Francisco Conceição, o FC Porto ganha fôlego financeiro para contratar vários alvos identificados pelo treinador, um deles o médio Kenneth Taylor, do Ajax. O internacional português tinha contrato até 2029, renovado com Pinto da Costa pouco antes das eleições, e cláusula de rescisão de €45 milhões. Contudo, a blindagem descia para os €30 milhões no período de 15 de junho a 15 de julho. Não tinha intenções de voltar, depois de um primeiro ano cedido à Juventus.