Mathieu van der Poel reconhece que será difícil vencer Tadej Pogacar, mas assegura que não terá medo de competir com o esloveno nas corridas que se aproximam na temporada em que a vitória é objetivo assumido por ambos, a Milão-Sanremo, a Volta à Flandres e eventualmente a Paris-Roubaix, se o campeão mundial se decidir por antecipar a estreia no Inferno do Norte.  

O neerlandês fez esta declaração em conferência de imprensa, esta segunda-feira, no primeiro dia da Tirreno-Adriático, em que está a participar, como preparação para aquelas clássicas-monumentos.

«Na Milão-Sanremo, se terminasse ao sprint, talvez eu lhe ganhe oito em 10, mas Tadej [Pogacar] também sprintou no ano passado e ficou no pódio [n.d.r.: 3.º lugar, atrás de Jasper Philipsen e de Michael Matthews]», afirma Van der Poel. 

Sobre o confronto com Tadej Pogacar na Volta à Flandres, Van der Poel foi mais cauteloso. «Não tenho medo do Tadej, mas ele é difícil de vencer. Derrotou-me uma vez na Volta à Flandres, quando eu estava no meu melhor [n.d.r.: na edição de 2023, que o esloveno venceu]. Não há vergonha nisso, porque podemos ver o quão forte ele é em todas as corridas. Mas vou tentar vencê-lo, inclusive em Sanremo. Mas vai ser difícil vencer Pogacar, é o homem a bater, sem dúvida», admitiu o corredor da Alpecin-Deceuninck, após ter sido apenas 140.º classificado no contrarrelógio que abriu a Corrida dos Dois Mares, a 1.46 minutos do vencedor, o italiano Filippo Ganna (Ineos Grenadiers).

«Já perdi um sprint para Kasper Asgreen na Volta à Flandres, quando todos esperavam que eu vencesse. Depois de uma corrida difícil e desgastante, nada é garantido», ressalvou MVDP, antes de concluir ainda sobre Pogacar. 

«Se conversamos às vezes? Não trocamos mensagens todos os dias, mas conversamos de vez em quando e temos um bom relacionamento. Há respeito mútuo», respondeu o triplo vencendo da Volta a Flandres (2020, 22 e 24) quando foi perguntado sobre se se comunicava muito com o corredor do UAE Emirates.