O tribunal de Vannes, em França, inicia esta sexta-feira o julgamento da mulher que em 2021 atacou Yoane Wissa com ácido, tentando raptar-lhe a filha recém-nascida em casa. À data dos factos o jogador congolês, que agora é um dos destaques da Premier League, ao serviço do Brentford, jogava no Lorient.

Wissa acabou por sofrer lesões graves na face, tendo de ser sujeito a uma intervenção cirúrgica a um olho, para não perder a visão. "Felizmente não perdeu a vista e foi graças à sua pronta reação que não levaram a sua filha", explicou o advogado do jogador, Karim Morand-Lahouazi.

"O Yoane ainda sofre as sequelas deste ataque e da tentativa de sequestro. Fez tudo o que é possível desde então para mostrar que está bem e está a tentar render o melhor que pode diariamente no seu trabalho. Ele e a mulher sentem-se seguros em Inglaterra. Mas precisou de um tempo significativo para recuperar, as coisas não foram fáceis", acrescentou, citado pela imprensa francesa.

A agressora, identificada como Laetitia P., incorre numa pena de 30 anos de prisão por tentativa de assassinato, sequestro de crianças e tentativa de rapto.

No dia seguinte ao ataque em casa do jogador, a mesma mulher tentou atear fogo à mãe de uma criança, enquanto a beijava, depois de lhe derramar um líquido inflamável por cima. Dizia ouvir vozes...

"Lamento o que fiz, lamento profundamente", disse a acusada.