Miguel Reisinho foi eleito pelos adeptos do Boavista o melhor jogador do mês de outubro. Dois golos de grande penalidade apontados ao V. Guimarães, no empate a duas bolas dos axadrezados no Estádio D. Afonso Henriques, na 8.ª jornada da Liga, elevaram o médio a protagonista, num mês que não terminou bem para a pantera.
Além de eliminado da Taça de Portugal pelo Varzim, o Boavista perdeu por 0-2 na recente receção ao Moreirense, para o campeonato. «Antes de mais, quero agradecer à Estrella Galícia e aos adeptos que votaram em mim. Os prémios individuais são sempre bons, mas, de momento, não há muito a pensar nisso, temos de pensar nos objetivos coletivos e passa já pelo próximo jogo», aponta Reisinho, que espera assinar «melhor» época que «no ano passado.»
«Claro que foi um sentimento especial marcar contra o Vitória e ainda por cima como foi», lembra. O Boavista chegou a estar a perder por 2-0, mas reagiu no segundo tempo e Reisinho provou, uma vez mais, ser exímio marcador de grandes penalidades. «Pressão, mas sempre confiante. Quando pego na bola, sei que vou fazer o meu trabalho e sabia que ia fazer golo», garante.
O momento desportivo é delicado. O Boavista soma nove jogos sem ganhar, num ciclo com seis derrotas, incluindo na Taça, e três empates. O próximo adversário é o Gil Vicente, em Barcelos, partida agendada para sábado, às 20h30. «Esperamos um adversário difícil, como todos, mas sempre visando trazer de lá os três pontos. Vai ser um jogo difícil, mas estamos a trabalhar bem e queremos dar uma resposta. A imagem deste grupo é que não se esconde nas dificuldades e é por isso que estamos a trabalhar», afirma, com autoridade, Miguel Reisinho.
Na corrente temporada, e tirando o jogo inaugural da Liga em que venceu no terreno do Casa Pia (1-0), o Boavista tem entrado nas partidas dando mais iniciativa aos adversários, sendo reativo nos momentos em que sofre golos: «Sim, pode-se pegar nesse aspeto, mas quando entramos no campo queremos ganhar, independentemente do jogo. Ultimamente temos reagido mais, mas estamos a trabalhar para ser o contrário e agora, com o Gil Vicente, vamos dar uma boa resposta.»
«Temos um plantel jovem, como toda a gente sabe, e não só eu, mas as pessoas mais velhas do clube tentam passar a mística, o trabalho, o dia a dia, acho que isso é o que vai fazer que futuramente consigamos os nossos objetivos», explica o criativo, de 25 anos, que não se escuda na proibição do clube em inscrever reforços.
«Sabemos as dificuldades do clube, não vamos tentar esconder disso, mas este grupo está preparado para dar sempre boas respostas nas dificuldades e este ano não vai fugir a regra. Independentemente das dificuldades, temos um grupo capaz de conseguir os objetivos do clube», remata.