
Miguel Pinho foi acusado de corrupção desportiva e de favorecimento ao Benfica, num caso que remonta a 2016. Agente representa nomes como Bruno Fernandes.
Miguel Pinho, agente e empresário de futebol e que representa jogadores como Gonçalo Inácio e Bruno Fernandes, foi acusado formalmente pelo Ministério Público por um crime de corrupção desportiva ativa.
Em causa, segundo a acusação, uma oferta de 30 mil euros a Edgar Costa, jogador do Marítimo (que terminou carreira nesta temporada), para «apresentar um desempenho desportivo contrário aos interesses da própria equipa, visando beneficiar a equipa adversária».
O caso remonta à temporada 2015/2016. O Benfica venceu a Primeira Liga nesta temporada com 88 pontos, mais dois que o Sporting.
Eis o comunicado do Ministério Público na íntegra:
«O Ministério Público, no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), deduziu acusação contra um arguido imputando-lhe a prática de um crime de corrupção ativa agravado, nos termos do regime de responsabilidade penal por comportamentos antidesportivos.
De acordo com a acusação, ficou indiciado que durante o ano de 2016, o arguido, que exercia as funções de empresário desportivo, abordou um jogador de futebol profissional para, no âmbito de um jogo referente à época 2015/2016, da Primeira Liga de Futebol Profissional, a troco de uma contrapartida financeira, apresentar um desempenho desportivo contrário aos interesses da própria equipa, visando beneficiar a equipa adversária.
Foi requerida a aplicação da pena acessória de proibição do exercício da profissão ou atividade de agente desportivo. Foi requerida a perda de bens e vantagens no valor de €30.000,00 (trinta mil euros), correspondente ao valor da vantagem/recompensa prometida pelo arguido.
O Ministério Público promoveu ainda a aplicação de medidas de garantia patrimonial, mais propriamente o arresto de bens existentes no património do arguido».