O argentino Lionel Messi, que aos 37 anos continua a encantar, é a incontornável grande figura da primeira edição do Mundial de clubes, que os Estados Unidos acolhem a partir de sábado e até 13 de julho.

Aproveitando a vitória do Inter Miami na fase regular da Liga norte-americana (MLS) de 2024, a FIFA escolheu o clube da Florida como o 'anfitrião' do certame e o mundo inteiro percebeu que a escolha só teve uma razão, contar como Messi na competição.

Vencedor por oito vezes da Bola de Ouro, um dos muitos recordes de uma carreira ímpar, o argentino é, para muitos, o melhor jogador da história, com 'permissão' do compatriota Diego Armando Maradona e do brasileiro Pelé, o 'rei' e único tricampeão mundial.

Os seus números, à entrada para este Mundial de clubes, dizem muito do que fez nos relvados: como sénior, desde 2003/04, soma 892 golos e 397 assistências, o que dá 1.289 participações diretas em golos, bem mais do que os 1.160 jogos oficiais disputados.

Estes registos contribuíram, e muito, para outra marca inigualável, os 44 títulos coletivos, outro recorde da história do futebol, numa lista em que sobressai o Mundial, o sonho do qual nunca desistiu e que o fez completar o 'circulo'.

Messi já ganhou tudo, ou quase tudo, e entre os troféus estão também três mundiais de clubes, conquistados em 2009, 2011 e 2015, pelo FC Barcelona, no anterior formato. Um quarto está, porém, fora de questão, pois o Inter Miami, adversário do FC Porto na fase de grupos, não é candidato ou sequer 'outsider'.

Desta forma, o '10' não entrará, certamente, na corrida ao prémio de melhor jogador deste Mundial, ao contrário, por exemplo, de um antigo companheiro de equipa do argentino, o francês Ousmane Dembélé, do Paris Saint-Germain.

O ex-jogador do Barça, de 28 anos, fez uma época 2024/25 de grande nível, como 'falso 9', conduzindo o PSG ao seu primeiro título europeu, sendo um dos grandes candidatos à Bola de Ouro, juntamente com um dos principais ausentes da prova, o 'miúdo' Lamine Yamal, extremo espanhol do FC Barcelona.

O jogador despediu-se de 2024/25 com uma exibição para esquecer, na final da Liga das Nações, face a Portugal, mas foi quase sempre 'brutal' ao logo de toda a época, algo impressionante para um jogador de apenas 17 anos.

Além de Yamal, também faltarão o brasileiro Raphinha, o polaco Robert Lewandowski e Pedri, do clube catalão, o egípcio Mohamed Salah, o neerlandês Van Dijk ou o colombiano Luis Díaz, dos ingleses do Liverpool, e o escocês McTominay ou os belgas Lukaku e o novo reforço De Bruyne, dos italianos do Nápoles.

A ausência dos campeões de Espanha, Inglaterra e Itália tira muitos craques à prova, mas sobram outras referências, como vários dos companheiros de Dembélé, autores de épocas notáveis, entre eles os portugueses Nuno Mendes, João Neves e Vitinha.

Depois de época menos conseguida, no Manchester City, o avançado norueguês Erling Haaland é outra das figuras incontornáveis deste Mundial, tal como o francês Kylian Mbappé, o brasileiro Vinicius Júnior e o inglês Jude Bellingham, as maiores 'estrelas' do maior clube do mundo, o Real Madrid.

O argentino Julián Alvarez ou o francês Antoine Griezmann, do Atlético de Madrid, o inglês Harry Kane, Kimmich ou Manuel Neuer, do Bayern Munique, Cole Palmer, do Chelsea, o argentino Lautaro Martínez, do Inter Milão, ou o guineense Serhou Guirassy, do Borussia Dortmund, são outros nomes fortes.

As equipas lusas também trazem qualidade, com os argentinos Otamendi e Ángel Di María, que se despedirá do Benfica, o grego Pavlidis ou os turcos Kökçü e Aktürkoglu, mais, do lado portista, o guarda-redes Diogo Costa ou o 'miúdo' Rodrigo Mora, sem esquecer os espanhóis Samu e o novo reforço Gabri Veiga.

Com um total de 32 equipas, dos cinco continentes, muitos são também os candidatos a surpreender, numa prova que pode também divulgar uma nova 'estrela' e servir de 'montra' para um grande contrato. As 'hostilidades' abrem no sábado.